Hoje Washington D.C. estava um formigueiro de gente. Todo mundo alucinado tirando fotos das cerejeiras em flor. É bonito mesmo, mas com tanta gente não tem graça, melhor seria poder ir durante a semana – mas só até 2 de abril, porque o ápice da beleza das florezinhas dura 3 dias…

Giulieta camaleoa: folhas e flores. Lindo.

Mesmo sem escrever muito, tenho lido os meus blogs de predileção a semana toda. Triste descobrir que euzinha, que sempre digo que sou única e não nasci de ninhada, também adoro ir ao cinema sozinha e também tinha medo de coisas estúpidas quando era pequena (incluindo o Hulk – e esse link foi tirado do Chacundum).

Aliás, minha prima me pegou lendo o Chacundum e ficou me olhando como se eu fosse extraterrestre. Fiquei com medo. Ela é psiquiatra.

Naquele verão em que todo mundo pintava as unhas de azul clarinho era isto o que tocava no rádio:

You gotta be…

You gotta be bad, you gotta be bold, you gotta be wiser

You gotta be hard, you gotta be tough, you gotta be stronger

You gotta be cool, you gotta be calm, you gotta stay together

All I know, all I know, love will save the day.

Os restos do falecido Fala Sério já foram removidos. Podem começar a palpitar no “YACCS”.

Ainda sobre o Oscar (tô falando: sempre escrevo atrasada!). A Glória Kalil pode ser chic o tanto que ela quiser, mas o vestido da Cameron Diaz era um desastre, assim como o da Gwyneth Paltrow. E eu gostei do da Halle Berry. O da Sharon Stone era hours-concours

Se o Cris Dias não sabe por que ele assiste o Oscar, parece que eu sei…

E com a minha mania de achar parecidas pessoas que ninguém mais acha, tem alguma coisa na Nicole Kidman – talvez o sorriso – que me lembra a Giulieta. Vai entender…



Quando o Gastón chegou lá na casa da Miriam é que fizemos o programão turístico: fomos ao Chinese Theater, dois dias antes da entrega do Oscar, na sexta. E sábado o Ken nos deu de presente duas entradas pra ver o musical The Lion King, simplesmente fantástico! Tudo perfeito: os figurinos, a animação com bonecos, a música, a performance… Saímos de lá meio que segurando a respiração!

Como foi a viagem? Foi boa! Fui pra lá na quinta, cheguei à noite, sexta foi preparação pro shabbat, depois jantar de shabbat (tentei me comportar mas é difícil pra caramba!), sinagoga, e nos outros dias não passeei muito, a não ser sair com a Miriam, o Ken e a Ravit, ou ficar em casa com a minha priminha e a Nanny. Ela é impressionante, sério, não é porque é minha prima. Cabelos vermelhos cacheadinhos, linda, 2 anos e 10 meses. Ela entende inglês, espanhol e português mas responde tudo em inglês. O nível de comunicação dela (vocabulário, articulação, lógica…) está um ano adiantado! Apesar de falar quase tudo em inglês, algumas palavras do vocabulário dela são em espanhol e outras em português, como bunda, por exemplo, que não tem tanta graça em nenhuma outra língua. E ela adora ficar na internet, navegando em pbskids.org. Pode haver um adulto manejando o mouse nos primeiros dois minutos, mas depois ela perde a paciência e diz “Me! Me! Me!”, pega o mouse e se vira. Parece alguém que eu conheço!



A Shawnda Eibl me emprestou um livro cuja capa era essa pintura aí de cima, “The girl with the pearl earring”. Exatamente o tanto de leitura que eu precisava pra ir daqui de Baltimore pra Los Angeles. É um romance “recriando” o que poderia ter sido a história dessa obra, do pintor Vermeer, e se passa na Holanda em 1664. Muito interessante, gostei, e gostei mais ainda dessa sensação gostosa de alguém emprestar um livro pra você, parece que só esse ato já é carinhoso.

Outra coisa legal é que são descritas várias outras pinturas, e eu conferi – são mesmo como eu imaginei!

Hoje eu fui na sinagoga rezar, depois almocei comida kosher, e depois passeei na Rodeo Drive em Beverly Hills toda vestida de judia ortodoxa, com direito a saia comprida e chapeuzinho! Aí voltei pra casa, esqueci das regras e acendi um monte de luzes e meu Shabbat foi pro saco, mas mesmo assim eu ouvi Havdallah e agora eu posso usar o computador.