Então, deixa eu falar da Felicity. A primeira temporada foi legal, porque se tratava de uma menina de 17 anos que estava saindo de casa pela primeira vez para freqüentar a mesma universidade em New York para a qual foi o bonitinho do colégio dela lá da Califórnia. Depois dessa, era compreensível que ela passasse a primeira temporada toda fazendo cagada, o que ela fez maravilhosamente bem, e era engraçado. Aí veio a segunda temporada e ela continuou: cortou o cabelo. Os ratings da série, que eram excelentes na primeira temporada, caíram que nem martelinho sem cabo e uma diretora da rede de tv que mostrava a série disse que estava terminantemente proibido para sempre alguém cortar o cabelo em um programa de sucesso. A partir daí, a Felicity ficou por um fio, e os fãs ficavam em suspense para ver, a cada nova temporada, se a série continuaria. Eu vi a primeira temporada inteirinha, quando morava lá na casa da D. Rosa, uma grande parte da segunda temporada, acho, e depois parei de acompanhar porque me mudei. O problema não era só o cabelo dela não, Dudu. A menina era instável, não ficava sem namorado, e quando tinha era sempre um desses dois caras: Noel ou Ben. E quando não tinha problema nenhum na vida dela, ela inventava. A típica “drama queen”! Chegou a um ponto em que a personagem mais interessante da série era a terapeuta dela!

Bom, mas aí chegaram ao quarto ano da série aos trancos e barrancos, o senior year. Os roteiristas resolveram inovar, e ao invés de fazerem o último capítulo na graduação, fizeram mais 5 episódios com uma espécie de “e se…”. Envolvia bruxaria, viagem no tempo e uma realidade alternativa. E conseguiram estragar tudo. Ela volta no tempo pra trocar de namorado, altera a forma como as coisas deveriam ser e fica mais alucinada ainda. Os caras não foram criativos o suficiente pra mudar os clichezões desse tipo de coisa: ela passa por um hospício (claro), e depois de algumas reviravoltas (5 episódios) ela acorda. Dã. Era tudo um sonho. Alguém aí já viu o Mágico de Oz? E depois que ela acorda, atacam de novela da Globo: termina com um casamento, a música por cima, os personagens em câmera lenta, rindo, dançando e se divertindo horrores. Me economiza.

E ainda por cima aparece uma personagem que devia estar morta e ninguém explica o que ela está fazendo lá.

Tudo bem. Acabou.

Último episódio da Felicity!!!!

Ontem apareceu uma ursa de dois anos em Prince William’s County. Pleno meio-dia, atrás de um shopping center. Descobriram que ela estava viciada em fast-food (é sério!), provavelmente devia estar procurando umas moedinhas… Tiveram que atirar nela três vezes com dardos tranqüilizantes.

Hoje ela deve ter acordado no meio da floresta gritando “Aaaaaiiii! Roubaram meus riiiiins!!!”.

ÊÊÊÊÊÊÊÊBA! 36 graus! Sábado abrem a piscina!

FÉ CEGA, FACA AMOLADA

( Milton Nascimento- Ronaldo Bastos)

Agora não pergunto mais aonde vai a estrada

Agora não espero mais aquela madrugada

Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser

Faca amolada

O brilho cego de paixão e fé, faca amolada

Deixar a sua luz brilhar e ser muito tranqüilo

Deixar o seu amor crescer e ser muito tranqüilo

Brilhar, brilhar, acontecer, brilhar

Faca amolada

Irmão, irmã, irmã, irmão de fé

Faca amolada

Plantar o trigo e refazer o pão de cada dia

Beber o vinho e renascer a luz de todo dia

A fé, a fé, paixão e fé, a fé,

Faca amolada

Deixar a sua luz brilhar no pão de todo dia

Deixar o seu amor crescer na luz de todo dia

Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser

Muito tranqüilo

O brilho cego de paixão e fé

Faca amolada.

Contei pra minha mãe de todas as nossas aquisições do fim de semana e, contrariando minhas expectativas, ela disse que “o povo daí é doido”. Eu pensei que ela fosse dizer que nós somos doidos!

Esqueci de contar o que eu fiz com o meu cartão da biblioteca. Trouxe pra casa:

– o Fernando Sabino, No Fim Dá Certo (é, escolhi pelo título);

– o Carlos Drummond, Boca de Luar (porque eu conhecia a crônica título);

– a Clarice Lispector, Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres (porque eu sabia que era um romance);

– o Jorge Amado, Gabriela (inspirada por um post do Mercúrio);

– García Márquez, Del Amor y Otros Demonios (que eu tinha lido em português há muito tempo).

Falta ler umas duas crônicas do Boca de Luar, o da Clarice Lispector e o Gabriela. E o Gastón pegou pra mim (empréstimo de um ano!!!) um livro chamado Introduction to Environmental Engineering, de P. Aarne Vesilind, que é muito bom, e vem com uma pá de exercícios.

E eu aqui, no computador! Eu não tenho mesmo vergonha na cara!

Ó céus, ó vida…

Cuidamos do Schlomo por dois dias. Nós três nos comportamos muito bem!