A Anna Maron já tinha dito que não gostava de ir ao cinema sozinha. Ainda bem que ela resolveu superar o trauma, porque eu adoro!

Achei que já tinha contado aqui no blog, mas pelo jeito não. Eu estava no primeiro ano do colegial (não! segundo grau! não! ensino médio!) e era do grêmio. A gente editava um jornalzinho chulé que as pessoas do grêmio escreviam – inclusive aquela que queria tanto ser jornalista e cujos erros crassos eu tinha que corrigir – e eu digitava e paginava tudo. Isso porque eu era um gênio da computação com meu 286 e meu Carta Certa. Eu estava em casa desesperada tentando terminar de montar aquele quebra-cabeças e minha mãe chega da rua furiosa:

– Eu passei em frente ao cinema e estavam a Mariana e a Fernanda entrando, ficaram até sem-graça quando me viram, você vai sair desse computador a-go-ra e vai ao cinema na próxima sessão porque eu tô mandando!

(ou algo assim)

Eu obedeci. O filme era Mudança de Hábito, eu gostei, e me senti a poderosa de ter ido sozinha. A partir daí, não ter companhia nunca me impediu de ver filme nenhum. Lá em Campinas é comum as pessoas irem ao Galleria (um shopping com vários cinemas) e se subdividir entre as salas. Fizemos isso uma vez, fui ver Legally Blonde sozinha também.

Ah. E a menina que queria ser jornalista? Agora é. Mas mudou de copydesk.