Cheguei cá. Muita viagem, muito sono atrasado, muito nervosismo restante das pontas soltas do trabalho. Tento esquecer, deixar o acaso tomar conta da minha vida. Esse negócio de ser proativo, afinal, é neologismo dispensável.

Dia 2, 2 da tarde, meus pais e minha irmã foram nos buscar no aeroporto. Almoço da Bel (feijoada!), a Lav desmanchou minha mala em dois segundos. Gastón descansou, fui fazer o circuito básico cabelo-unhas-depilação (também chamado Betacircuit). Já não sou mais Iemanjá, nem tatu, nem Conga.

Comprei um tanto de coisas. Fomos à feira hippie hoje. Tenho 8 cds brasileiros na mala. Amanhã tem que ir ao consulado, tem um jantar com uns amigos aqui em casa, terça almoço com parentes, arrancar os dentes (divertiiiiido!), quarta de molho, quinta ir pra Argentina. Mais depois.

E nada de praia por enquanto, o tempo não ajuda.

FÉ CEGA, FACA AMOLADA

(Milton Nascimento- Ronaldo Bastos)

Agora não pergunto mais aonde vai a estrada

Agora não espero mais aquela madrugada

Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser

Faca amolada

O brilho cego de paixão e fé,

Faca amolada

Deixar a sua luz brilhar e ser muito tranqüilo

Deixar o seu amor crescer e ser muito tranqüilo

Brilhar, brilhar, acontecer, brilhar

Faca amolada

Irmão, irmã, irmã, irmão de fé

Faca amolada

Plantar o trigo e refazer o pão de cada dia

Beber o vinho e renascer a luz de todo dia

A fé, a fé, paixão e fé, a fé,

Faca amolada

Deixar a sua luz brilhar no pão de todo dia

Deixar o seu amor crescer na luz de todo dia

Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser

Muito tranqüilo

O brilho cego de paixão e fé

Faca amolada.