rio de janeiro, colado da Zel.

conheci o rio aos 18 anos, quando ainda não conhecia outros lugares nesse mundo. cheguei sem nenhuma prevenção, e descobri que já conhecia a cidade nos meus sonhos. já passara pelo porto, tive uma sensação forte de deja vu, senti-me em casa. fiquei na tijuca em dezembro, um calor infernal. comecei ali minha vida adulta, no calor e nos cinemas da estação botafogo. vi delicatessen, conheci a cidade dos gatos, comi no cervantes, vi pela primeira vez o pão de açúcar e meus olhos ainda hoje se enchem d’água ao lembrar da sensação de espanto e deslumbramento. e o pão de açúcar o menos óbvio possível à minha frente / o pão de açúcar com suas arestas insuspeitadas. jamais vou esquecer a sensação de maravilha daqueles dias.

estou sempre atenta para ser eternamente estrangeira no rio de janeiro, pra que todas as visitas sejam sublimes, pra que nunca me acostume com o esplendor do pão de açúcar, com a beleza da areia branca e do mar verde-azul, pra que olhe sempre para o corcovado como se fosse a primeira vez. na verdade, é sempre a primeira vez pra mim, meus olhos se enchem d’água e eu disfarço — menos por vergonha e mais para viver esse momento de contemplação de beleza forma pessoal e quase religiosa.

E essa mulher não põe um link permanente pra isso.

Taquepareô, que frio que faz nesta terra! Eu não detesto só o frio assim enquanto sensação térmica deprimente, mas também o tal de tira-casaco-põe-casaco-põe-luva-perde-chapéu, o céu escuro, a chuvinha, a cara branca do povo, os olhos secos lacrimejando o tempo todo e vermelhos, os choques, e a limitação geral que tudo isso traz.

Ah, pros choques, dos quais Nemo Nox também reclama (descobri há pouco tempo que ele é meu vizinho), a solução é mais ou menos simples: andar com as chaves à mão. É que a descarga elétrica é mais sentida quanto menor a área de pele que ela atinge. Assim, quando eu me aproximo de uma maçaneta ou outra superfície metálica qualquer, aperto a chave com o dedão bem espalhado e deixo que ela receba o choque. Sai até faísca! Claro que eu pareço doida, sempre encostando com a chave em tudo, mas dos males o menor. E, muito importante: sempre dar as mãozinhas antes de beijar, porque choque nos lábios ninguém merece!

Ainda bem que não sou só eu que sou vampira, o Cris Dias também sai em campo implorando por sangue. Não custa lembrar, é a boa ação mais fácil que existe! Aqui nos States eu não consegui doar, é uma pena. Sangue brasuca não tá muito bem cotado, não.

Hospital do Fundão suspende cirurgias por falta de doações de sangue

Cristiane de Cássia – O Globo

RIO – Três cirurgias já foram suspensas hoje no Hospital do Fundão por falta de doações de sangue. Caso o número de doadores não aumente na segunda-feira, mais cirurgias poderão ser adiadas. Ontem o banco de sangue do hospital bateu o recorde negativo de coleta em seus 25 anos de atividade, com apenas 13 doações, quando o mínimo necessário deve ficar entre 60 e 80 doadores.

Devido à baixa de doadores, na manhã de hoje sete pacientes que precisavam de sangue com fator Rh negativo estavam na dependência do aparecimento de pessoas para doar. Além de atender aos 500 leitos do hospital, o banco de sangue do Fundão abastece o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, unidade de saúde da UFRJ que dispõe de 80 leitos.

Para doar sangue não é preciso estar em jejum. É apenas necessário ter entre 18 e 65 anos, levar documento de identidade e estar se sentindo bem de saúde. As coletas no Fundão são feitas de segunda-feira a sexta-feira, entre 7h e 13h30m.



É mole???

Estou aqui na minha aula de “Numerical Modeling for Water Resources & Environmental Engineering”, num laboratório de computação. O mais legal é a tradução simultanea em American Sign Language (ASL), a língua de sinais daqui (não, não é universal)! Muito jóia…

Eu, que sou tão legal e modesta, odeio gente que se acha melhor que todo mundo, mais esperto e mais inteligente.

Minha mãe costuma dizer que eu não tenho paciência com gente burra. É mentira. Eu não tenho é com gente que não ouve o que você fala e pergunta de novo dois segundos depois (por distração ou autocentrismo puro) e não tem vontade de aprender. E tenho dito.

E hoje faz três anos que o Júlio e a Giovana se casaram. O Gastón falou assim: “vamos lá pra ver como é esse negócio de casamento”. Pra minha sorte, o deles foi ótimo…