Desmontar uma casa de 200 anos, montá-la num museu. Tinha lido sobre isso num artigo do Pedro Dória há um tempo, e hoje fui ver a exposição.

O que mais me impressionou foi um texto explicativo sobre a família que viveu na casa nos anos da II Guerra. Dizia que a dona da casa, Mary Scott, participava do esforço de guerra plantando vegetais, estocando gordura e guardando o metal das latas de comida para mandar para o front. E depois frisava que “naquela época, o governo deixava claro aos cidadãos que um lar simples era um lar patriótico, e que as decisões de uma família afetavam toda uma nação”.

Parece que esse tipo de pensamento não sobreviveu nem ao tempo nem à transição de escala, e se a minha família resolver comprar uma SUV que gaste bastante combustível e emita bastante e o vizinho reclamar, o problema é do vizinho que provavelmente está só com inveja da minha riqueza.