“Cada povo com seu uso, cada roca com seu fuso”, diz minha mãe. Estava pensando nisso hoje: moro num apartamento que não tem tanque. Claro que não morro de tristeza por isso, não sou exatamente a rainha do lar. Mas, se em Campinas eu lavava banheiro e cozinha, aqui é impossível, por ausência de ralo. Muito esquisito, pelo menos pra mim. Passo uma esfregão (uma esponja gigante com um cabo, pra ser mais exata) e olhe lá. E hoje, pra recuperar a função multitarefa que dominava quando criança e perdi, fiquei um tempão ao telefone ao mesmo tempo que lavava minhas roupas delicadas. Onde? Na banheira, lógico.
Já disse, eu não ligo muito. Mas que é meio patético, é. Fico imaginando as minhas mães me vendo e pensando “Cruz credo, coitada da fia!”.