Não é surdo-mudo, é surdo, porque um surdo pode falar ainda que não escute.

Não é aeromoça, é comissária de bordo, especialmente treinada para garantir a segurança dos passageiros e da tripulação.

Não é stewardess, é flight attendant.

Não é homossexualismo, é homossexualidade, porque “ismo” quase sempre se usa pra doenças e isso não tem nada de doença.

Não é hermafrodita, é intersexual, porque hermafrodita dá a idéia de uma pessoa que tem duas genitálias distintas e completas, o que não é quase nunca verdade.

Não é o médico nem a doula que “delivers babies”, quem “delivers a baby” é a mãe. Médicos e doulas “catch babies”.

Não é guia lá no museu, é educador, porque museu não é turismo.

Não é doar um cão ou um gato, é dar para adoção, porque são seres vivos.

Não é judiar, porque a gente não tem nada contra os judeus.

Não é mulata, porque negros não têm cor de mula.

Não atire o pau no gato-to porque o gato-to é nosso amigo-go.

Não é espanhol, é castelhano, porque essa língua é da Castelha e não de toda a Espanha, que também tem o basco e o catalão.

Estes são apenas alguns dos termos politicamente corretos que eu tenho aprendido. Alguns eu faço questão de usar e chamar a atenção das pessoas (como o “surdo”, por exemplo, que até já é incorreto…) mas outros por aí eu acho um exagero completo, como mulata ser palavrão.

Mas vai ficando cada vez mais difícil falar sem cometer escorregões…