Eu e a música

Na nossa casa não se ouve música. Nossa, digo, onde eu cresci. “Mas nós não somos musicais”, é o que se diz. As canções preferidas do meu pai são, no máximo, umas quatro, todas com mais de 30 anos (foi mal aí, Pai, mas o senhor tá véio mesmo!). Minha irmã só ouvia música brasileira, e apesar de também não ser muito ligada musicalmente só comprava disco bom. Impressionante. Já minha mãe é eclética, ouve bastantes coisas diferentes, se comparada à média da casa.

Pois eu gosto de música, sim. Não chego a ser fanática, e morro de inveja de gente que sabe de história da música. Qualquer história de qualquer música: conhecimento profundo de rock, jazz, mpb, bossa nova, o que for. Sempre me agradou a voz: me encanta a idéia de que o corpo é um instrumento, e também gosto de ouvir letras.

E é pelo que se diz em uma canção que estou fazendo este post. Com minha às vezes extenuante boa memória, sempre acho um verso que descreve o que estou vivendo. Eu poderia contar tudo através de bons cut-and-paste. No entanto, não o faço por medo de chapar ainda mais minha criatividade.

É por isso que eu não vou dizer que quem diz muito que vai não vai, assim como não vai, não vem.