Pra mim que amo estrada aberta

O pode-cast que tem música brasileira de primeira qualidade, tem o chefe narigudo mais inteligente e musical da paróquia, tem sotaque carioca, tem teoria musical, esta semana tem trios, incluindo Hermeto + Airto + Ron Carter, e tem também referência às palavras de ordem que saíram da cabeça do Mário Lago pras mãos dele, das mãos pro papel, do papel para a voz, da voz para o disco, do disco para uma caixa de som, da caixa de som diretinho pra minha lista de coisas a prestar atenção e seguir à risca:

Três coisas pra mim no mundo
Valem bem mais do que o resto

Pra defender qualquer delas

Eu mostro o quanto que presto
É o gesto, é o grito, é o passo

É o grito, é o passo, é o gesto

O gesto é a voz do proibido
Escrita sem deixar traço

Chama, ordena, empurra, assusta

Vai longe com pouco espaço
É o passo, é o gesto, é o grito

É o gesto, é o grito, é o passo

O passo começa o vôo

Que vai do chão pro infinito

Pra mim que amo estrada aberta

Quem prende o passo é maldito

É o grito, é o passo, é o gesto
É o passo, é o gesto, é o grito

O grito explode o protesto
Se a boca já não dá espaço

Que guarde o que há pra ser dito
É o grito, é o passo, é o gesto

É o gesto, é o grito, é o passo
É o passo, é o gesto, é o grito

(Mário Lago)

PS: O áudio veio da página do Acuri.
PPS: Fala de gesto, lembro dela.

Mínimas

  • Do obituário da minha televisão:

Not only I gave up on tv, my tv also gave up on me – for Lent and beyond. It went out in grand style, with a sad click, the sudden darkness and a weird smell, right in the middle of Pride and Prejudice this Friday night.

  • Meguita gostou do link da Bettie. Como diz meu amigo aqui: “diliça!”.

  • Sonhos cada vez mais esquisitos. Vixe, sai pra lá… Quando são bons é bom, mas esses roteiros emprestados de filme de ação são de quinta!

  • O filme Pride and Prejudice, que nós terminamos assistindo no laptop da Juju, me deu vontade de agarrar um livro da Jane Austen e ficar me deliciando com as heroínas cabeçudas dela, e de ver a versão inglesa com Colin Firth. Dili… ah, deixa pra lá.

  • Assustador, ontem: colocar o disco do Leo Jaime que eu ouvia quando tinha 10 anos e ainda saber toooodas as letras de cor, e cantar junto inclusive o solinho de guitarra de “eu vivo só”.

  • Comprei 4 cds usados por 7 dólares, uma moça muito econômica. A saber: REM, Out of Time, por 1 dólar, Marisa Monte, Great Noise (com os peitinhos do Zéfiro devidamente cobertos por uma tarja preta, a indecência!), 1 dólar, Bebel Gilberto, Tanto Tempo, 2 e 50, e Egberto Gismonti, Nó Caipira, 2 e 50. Voltei pra casa bem contente, tá?



Desejo de regresso

Deixai-me nascer de novo,
nunca mais em terra estranha,
mas no meio do meu povo,
com meu céu, minha montanha,
meu mar e minha família.

E que na minha memória
fique esta vida bem viva,
para contar minha história
de mendiga e de cativa
e meus suspiros de exílio.

Porque há doçura e beleza
na amargura atravessada,
e eu quero memória acesa
depois da angústia apagada.
Com que afeição me remiro!

Marinheiro de regresso
com seu barco posto a fundo,
às vezes quase me esqueço
que foi verdade este mundo.
(Ou talvez fosse mentira…)

Cecília Meireles
(in Mar absoluto)

De repente eu percebo que não é só a sopa que eu tenho que digerir…
Há todo um saldo e dívida de abraços por receber e dar, e não tem um caixa automático por perto quando eu mais preciso, só em sonho mesmo é que os abraços aparecem até inesperados, mas trazendo um conforto que me acompanha pelo dia inteiro.
E o pior de chorar olhando pro teto com medo do escuro é a lagriminha que entra furtiva no ouvido, estragando o romantismo todo da coisa.

Ao vivo, de dentro da colcha lilás.

How I did it

For ages I intended to clean my computer of the ageing of Windows XP
with its cluttering files, all the programs that I installed and
uninstalled and installed again and didn’t use anymore, and my own
useless junk. Ages, I said? A few months, the total age of the system
being around 18.

Less than a week after I took the plunge, lifehacker.com editor Gina
Trappani gave instructions for exactly that. I noticed I wasn’t that
far off. Yay!

Here’s how I did it:

1) I bought an external HD because, they say, backing up is
important. And because of what I know I’m capable of. I’m the kind of
computer user who knows just enough to screw things up. I proceeded to
back up everything on my laptop’s HD.

2) A few days later (during Carnival), I decided to reinstall Windows with the cd that
came with my system. I asked around for support and encouragement,
which I got from Leo and Azy (thanks!). I checked for documents I had
altered in those few days, and backed those up. I should have used
mozbackup to backup my firefox (although I had the bookmarks), or the
docs and settings feature of Windows XP, but one of my purposes was to
get rid of my own stuff, so I didn’t bother.

3) Disk in hand, I reinstalled Windows. Wasn’t that difficult. I
thought I would have to curse a few times, but it was unnecessary.

4) Back online! My pendrive had the key for the wireless connection.

5) Install the fresh programs from Google Pack. Beeeeeautiful. I
didn’t install all the programs, but it was a huge help: Ad-Aware,
Adobe Reader, Google Desktop, Firefox, Picasa and Trillian all at
once.

6) Tweaking is my middle name. I got rid of the “bubbly feel”
(wakalix‘s choice of words) of Win XP sometime ago, and changed
several other things: no startling sounds, no confirmation for
deleting files, show me the whole path on the window, remove the
programs I didn’t want, switch start menu to classic view (more
below), disable error reporting,… Hard work, but my machine is my
machine and it’s exactly the way I want.

7) Customizing the start menu. I want access to the programs and I
want it FAST! No digging through all the folders and programs in
simple alphabetical order. So now I have just the shortcuts for the
programs in one of the three main program folders (Web & docs,
Housekeeping and Media), no uninstall shortcuts or licences or help
files. I can always get to those the difficult way.

8) More software, this time, the stuff I really need: Office, VPN,
Viruscan and Endnote. The first three were free from the university,
Endnote is a life saver worth every penny.

8) I didn’t bring all the stuff back. My photos, music and personal
files are only in the external HD. I understand at this moment it’s
not backup anymore, but I can live with that.

9) I put a folder named Junkdrawer on My Documents and it’s working
really well. I will try to make my folders as I go along, and keep
them sensible.

10) Manteinance. Place your bets, I wonder how long I can keep
everything this clean and organized. Meanwhile, in my bedroom…

Pining for Pine

I want Pine baaaack! Gmail shortkut keys help, but it’s not the same as "dddxy"!

Fortune Magazine brings the secrets of very successful people:

I don’t feel overwhelmed with information. I really like it. I use Gmail for my personal e-mail — 15 to 20 e-mails a day — but on my work e-mail I get as many as 700 to 800 a day, so I need something really fast.

I use an e-mail application called Pine, a Linux-based utility I started using in college. It’s a very simple text-based mailer in a crunchy little terminal window with Courier fonts. I do marathon e-mail catch-up sessions, sometimes on a Saturday or Sunday. I’ll just sit down and do e-mail for ten to 14 hours straight. I almost always have the radio or my TV on. I guess I’m a typical 25- to 35-year-old who’s now really embracing the two-screen experience.

Marissa Mayer

VP, Search Products and User Experience, Google

 (Via Lifehacker)

São centenas, são milhares.

Heloisa e Lavínia, de Suelly, de Maria Rita e Antônia, de Irinéia, Marfiza e Mariana, de muitas outras…

E ao contrário, de Antônia, Arly, Maria e Ady, Denise, Marília, Marcia, Arlene, Nisinha, Anelise, Cristiane, Cássia, Clarisse, Marceny, Marly, Fernanda, Regina, Marina, Elisa, Laura, Marizete, Eny, Maira, Marta, Marfisa, Mariana, só algumas.

E de Maria Rita, claro, Marcia, Maria Rita, Miriam, Fabíola, Flávia, Marcinha, Maíta, Maria Fernanda, Ravit, Giovana, Júlia, Marcella, só pra começar.

Feliz Dia da Mulher.

Tudo que a antena captar meu coração captura

         a mãe diz pra eu fazer alguma coisa
         mas eu não faço nada
         a luz do sol me incomoda
         então deixa a cortina fechada
         é que a televisão me deixou burro
         muito burro demais

Desde quinta passada até (pelo menos) a Páscoa, exceto pelos domingators. Sobrevivo?

Datado 16/agosto/2005

Vamos fazer o seguinte: continuar escrevendo até doer a mão, na era
digital dedos. Pois quando foi que as coisas deixaram de sair de mim
na forma de letrinhas? Todos aqueles gritos em marcador vermelho no
espelho do banheiro… Agora até email, bilhete bobo, sai com apagões,
riscos, backspace.
Continuar escrevendo, continuar dizendo o que não digo em lindas
entrelinhas. Desabafar num diário semanário o que seja. Pensar no lado
bom: backspace burila, não é mesmo?
Criar intimidade com o teclado, com as palavras vãs ou não.
Intimidade. Nem sempre contato é intimidade, tem que anotar isso na
cabeça. Vai ver intimidade está overrated e o que vale mesmo é ser
visita sempre.
E já que estamos nos aprendizados e nas notas mentais, outras
coisinhas para lembrar: que o sim é sim e que o não é não. Que quem
tem amigos não passa mal, já dizia a amiga. Que tempo não é infinito.
Que minha vida está esperando.