Elas são neuróticas, histéricas, incoerentes, insaciáveis, malucas, imaturas, compulsivas. E eu continuo completamente viciada…

Acabamos de assistir à quarta temporada (18 episódios em 3 dias) e eu continuo achando que não quero encontrar mulheres tão loucas nem tão cedo. Claro, se não fossem todos os exageros, não haveria a série, mas quem é que agüenta?

Elas bebem demais – mas nesta temporada não deram nenhum vexame.

Elas compram demais – mas pelo menos deram um jeito de admitir isso, quando uma personagem não consegue comprar um apartamento porque gastou 40.000 dólares em sapatos.

Elas nunca estão satisfeitas com homem nenhum – e, pior, fogem de um porque ele não quer compromisso, e rejeitam outro porque ele quer. (Gata Flora: cuando le ponen, grita; cuando le sacan, llora.)

Elas parecem que nunca trabalham – mas acho que desta vez as mostraram em mais situações de trabalho.

Elas não assumem o mundo adulto – mas já começam a falar em filhos, ufa, eu achei que isso não era fashion! (É que elas nunca leram as motherns…)

Elas não saem de seus mundinhos – mas pelo menos aprendem um pouco de português com a Sônia Braga.

Elas vestem carapuças definidas: a descolada, a romântica, a racional, a dadeira – e a maior parte das mulheres é uma mistura disso tudo.

Vendo esta série, I couldn’t help but wonder: estarão as mulheres modernas tão perdidas e neuróticas que seus dramas podem ser explorados ad infinitum numa série de tv? E, se sim, será que nós temos problemas tão previsíveis que todo mundo consegue se reconhecer ou reconhecer às amigas?

Buenos Aires – Janaína Figueiredo



NA CIDADE

Nas ruas, mas de bicicleta

A Bike Tours propõe ao turista conhecer Buenos Aires de uma forma diferente: percorrendo os bairros da capital argentina de bicicleta, para conhecer lugares que de outra forma seriam ignorados. O passeio, que dura quatro horas, inclui paradas em San Telmo, La Boca, na Praça de Maio, na Reserva Ecológica e em muitos outros cantos da cidade. O custo é de US$ 25 por pessoa, e inclui: bicicleta, capacete, assistência médica, uma garrafa de água mineral e uma cadeira para criança, se for necessário. O tour começa, todos os dias, às 9h30m e às 14h, no monumento da Praça San Martin, no Centro de Buenos Aires. Para quem preferir um passeio sem guia turístico, pode alugar uma bicicleta por 24 horas, pagando US$ 10. Nos fins de semana, a Bike Tours organiza passeios nos bairros de Olivos, San Isidro e Tigre. Endereço: Florida 868, 13 andar,

Eu estou frustrada. Não é uma frustração grandiosa, merecedora de extensas lamentações e grandes teorias. Mas incomoda um pouquinho.

Estou expatriada, sim, mas ainda não estou louca. Não faço questão nenhuma de me cercar de brasileiros, de comer feijão preto todos os dias, nada disso. Até porque tenho um marido que fala português comigo e posso ligar para minha prima belezinha e pros meus pais quando eu quiser. Como ela disse: eu não estou aqui para fazer amizades com pessoas – só porque são brasileiras – de quem eu não seria amiga em outras circunstâncias. Isso esclarecido, conto que me dispus a formar um grupo de brasileiros. Na minha cabecinha Dory-otimista, esse grupo seria para que os nossos amigos estrangeiros aprendessem português, para que os que estão aqui há mais tempo dessem perspectiva aos que acabam de chegar, e para que nunca mais tivéssemos que fazer cara de pôquer quando alguém diz: “ah, você é brasileira? Conhece o João, da Computação? E a Maria, da Engenharia?”. Armei o grupo, com listinha no Yahoo e tudo. Foi chegando gente, quase 30 pessoas inscritas, mas nos encontros quinzenais aparecem 3, 4, no dia de sucesso estrondoso (uma vez só) apareceram 10. Há algumas semanas tem aparecido pouca gente, e ontem eu e Gastón ficamos tomando chá de cadeira. Fora os abusos, claro. E os desentendidos. Por exemplo, parece que não fui bem clara sobre a idéia: a lista do Yahoo manda lembretes no dia do encontro, mas ainda assim tem gente que me manda email perguntando se vai ter, e se eu não respondo não vai. Tem gente que acha que só porque sou eu que organizei o grupo eu sou a “chefe” de alguma coisa, ou, pior, tenho que escolher o sabor da pizza, pedir, pagar, pedir a conta e fazer a divisão. Essas coisas me deixam furibunda. Se há uma coisa que detesto é ser tomada por boba, ou ser tida como certa (no sentido de taken for granted, desculpe, faltou a tradução precisa).

Agora cancelei os próximos encontros, sem fazer o escândalo que queria fazer. Sim, porque a última coisa de que preciso é que pensem que me fazem um favor. Eu achava que estava eu a fazer o favor, mas tonta, sem que ninguém me pedisse. Nunca mais.

Cheque seu contador de acessos. Meu provedor aparece 56 mil vezes embora você não tenha postado nada novo?

Isso significa que eu tenho que trabalhar mas não quero!!!

Demorei a entrar aqui e esqueci… O que ia dizer… Que que era mesmo???

Acho que tô virando a Dory de verdade!

Só pra mim que o msn está dando chabu??

Tem um professor bonitinho no departamento, que tem os olhos azuis e parece um pouco com o Haroldinho, mas a voz, meu Deus, que voz horrível. Tem voz de pito.

Que chato.