Léo Jaime recebeu isto de uma amiga e eu tô assinando embaixo. Ah, e se fundarem tal entidade e eu me afiliar, já tenho uma culpada: minha mãe. Viu, mãe??

Update: esse texto é de Martha Medeiros.

Mulheres que amam de menos

Eu quero dar meu depoimento. Creio ter um problema. Se mulheres que amam demais são aquelas que sufocam seus parceiros, que não confiam neles, que investigam cada passo que eles dão e que não conseguem pensar em mais nada a não ser em fantasiosas traições, então eu preciso admitir: sou uma mulher que ama de menos. Eu nunca abri a caixa de mensagens do celular do meu marido (namorado). Eu nunca abri um papel que estivesse em sua carteira. Eu nunca fico irritada se uma colega de trabalho telefona pra ele. Eu não escuto a conversa dele na extensão. Eu não controlo o tanque de gasolina do carro dele para saber se ele andou muito ou pouco. Eu não me importo quando ele acha outra mulher bonita, desde que ela seja realmente bonita. Se não for, é porque ele tem mau gosto. Eu não me sinto insegura se ele não me faz declarações de amor a toda hora. Eu não azucrino a vida dele. Segundo o que tenho visto por aí, meu diagnóstico é lamentável: eu o amo pouco. Será? Obsessão e descontrole são doenças sérias e merecem respeito e tratamento, mas batizar isso de “amar demais” é uma romantização e um desserviço às mulheres e aos homens. Fica implícito que amar tem medida, que amar tem limite, quando na verdade amar nunca é demais. O que existe são mulheres e homens que têm baixa auto-estima, que tem níveis exagerados de insegurança e que não sabem a diferença entre amor e possessão. E tem aqueles que são apenas ciumentos e desconfiados, tornando-se chatos demais. Mas se todo mundo concorda que uma patologia pode ser batizada de “amor demais”, então eu vou fundar As Mulheres que Amam De Menos, porque, pelo visto, quem é calma, quem não invade a privacidade do outro e quem confia na pessoa que escolheu pra viver também está doente.

Primeiro ato:

cantoria, quarteto

Segundo ato:

chá, maledicência

Terceiro ato:

sucos, cuidado

Quarto ato:

msn, saudade.

Escreveremos outros, sim?

I’m putting all my eggs in one basket

I’m betting ev’rything I’ve got on you

Esse texto que eu acabei de postar tem uma certa palavra mágica que vai trazer um monte de gente maluca pra cá, mas o que eu posso fazer? E o link das fotos arrumadinhas foi dica do Hiro. Me deu foi uma alegria danada, saber que minha barriguinha indecente tem solução. Photoshop.

Mais diálogos.

Um:

– Minha amiga falou que deixou umas salsichas fervendo por uma hora e elas pegaram fogo dentro da panela.

– Aaaah, as maravilhas da vida de casado!!!

Outro:

– Pena que o Fulano tá casado, senão eu apresentaria ele pra Beltrana.

– Pra Beltrana?? Mas ele ia ter que
largar una sota.

– Ahn?

E outro, com um amigo, em 95:

– Eu não sei se eu posaria nua…

– Que isso, Heloisa, hoje em dia tem computador!!

Se oferecer pra ajudar sem nem saber como, carregar o mundo nos ombros, passar um dia se preocupando com conjecturas improváveis ou distantes, protelar decisões importantes, espalhar papéis pela sala e quase se afogar neles.

É o pequeno Lair que todos carregamos conosco.

Update: É, mas Deus ajuda a pequena Suelly que também carregamos conosco!!!

Cachorro que tem dois donos morre de fome.

Mestranda que tem dois orientadores morre de tanto remendar o resumo que tem que mandar pra conferência.

Normal em Curitiba

Rita Lee – Roberto de Carvalho

Saudades da terra

Daquela vidinha boa

Entre um milagre e uma guerra

Quando Deus era brasileiro

E ria-se à toa

Lá no sul do Cruzeiro

Destino desejo

Santo pandemônio

Saudades do Ozônio

Da minha infância querida

Quero o essencial da vida

Quero ser normal em Curitiba

Saudades da terra daquele planeta azulzinho

Entre Vênus e Marte quando arte era puro dinheiro

E o estranho no ninho

Vinha lá do estrangeiro

New York, Paris

É impossível ser feliz

Saudades da Elis

Da minha infância querida

Quero o essencial da vida

Quero ser normal em Curitiba

Renascer de parto natural

Mamar numa doce muxiba

Crescer num país tropical

Supermercado em Carapicuíba

Manter o ciclo menstrual

Noivar, casar com o Giba

Viver de aumento salarial

Campeã de buraco e biriba

Quero o essencial da vida

Quero ser normal em Curitiba



Não é só Sampa que ela traduz.