Semana passada foi assim: trabalha, trabalha, trabalha. Sábado (dia 12), domingo, segunda, terça, chegando em casa às 11, 11:30 da noite. Minha orientadora precisava dos resultados. Quarta foi a reunião onde iria apresentá-los. Depois ouvi “thank you for working so hard” “thanks a lot for such a good job” e um montão de coisas do gênero, que não matam o cansaço mas ajudam bastante. Terça tembém tinha um exame take-home pra entregar, eu entreguei na quarta. Quarta dormi a tarde inteira, quinta foi uma correria como sempre, à noite saímos pra casa da Vero e do Enrique, sexta não fiz pa-ta-vi-nas. Sábado yard sale, que maneira de comprar bugigangas, olha aí outra expressão em espanhol se infiltrando no meu português, traduzo: vai comprar bugiganga assim no sóca! Ontem trabalhei mas só um pouquinho, fui numa missa toda animada porque achei que era o padre legal (só vou uma vez ao ano, seria bom que o padre fosse o legal), mas não, era um inglês carrancudo que dizia “body of Christ” latindo e só pediu pra gente rezar pelos soldados americanos mortos, o povo do Iraque que se lasque, e falar da alegria da Páscoa na homilia nem pensar, só falou que a gente tem que se confessar e blébléblé. Falei com a Lavínia, ela foi a Muriaé e está toda feliz, não sei por quê não foi antes, eu mandei os versinhos do pasquim do Judas por email, ficou todo mundo comentando, minha mãe anotou todos os versos. Gastón e eu estamos planejando tirar fotos das tralhas que compramos na yard sale, cada coisa do fundo do baú, quando formos embora vamos ter que fazer uma yard sale separada só pra vender essas coisas, mas mesmo assim é muito divertido comprar tudo baratim baratim, coisas velhas e estranhas, estou agora usando uns grampinhos de coque incríveis, não sei como prendem o cabelo. Hoje acordei cedo pra vir pra universidade achando que meu escravinho ia aparecer, nécas, tomei até café pra esperar, agora estou verborrágica e fazendo hora pra ir almoçar que a essa hora eu não funciono. Depois tenho que fazer dois relatórios da aula que matei na sexta, o professor (Master Yoda) veio perguntar se eu estava doente e se tinha melhorado, eu disse pra ele que não, que estava cansada e dormi demais. Minha orientadora me deu permissão para chamá-la pelo primeiro nome, eu acho muito estranho, mas estou tentando às vezes.

Inagaki tem um post sobre cantadas. Pois a melhor que eu já ouvi não foi pra mim, era meu amigo Alex contando a número um dele. Era chegar pra menina e dizer:

– Posso fazer três perguntas?

– (pode… ou algo que o valha)

– Qual é o seu nome, me dá um beijo e por que não?



Era uma vez, há muito tempo, um bairro que tinha vários cinemas, e uma menina que se orgulhava de morar aí…

(Difícil vai ser engolir a esfiha olhando pra esse letreiro!)

(Tirado do Dog God, irmão de blog.)

Impressionante: quanto mais coisas eu tenho pra fazer

quanto mais preocupada eu estou

quanto mais estressada eu estou

quanto mais me pressionam

mais eu enrolo

mais eu durmo

mais eu nem aí

um sono

uma preguiça…

meu signo diz: preguiçosa

meu horóscopo chinês? preguiçosa

meu orixá – preguiçosa

teste vocacional, preguiçosa

fica difícil

fugir.

Falando em coisas que emocionam, a tese do Cabelo com agradecimento pra mim e cheia de figurinhas que eu fiz, e a do Hugo com agradecimento pra mim e pro Gastón…

Que saudade.

26 graus. Fico imaginando se será só em mim que o calor provoca reações estranhas, a vontade de me apaixonar tudo de novo, como dizia a minha mãe: “Isso é coisa da idade, gostar de verão. Quando eu era moça e começava a fazer calor eu colocava uma sandália bem baixinha e saía na rua, parecia que eu estava flutuando…”. Assim que me sinto. E nem estou de tpm nem nada, mas ontem me deu uma vontade de chorar – de alegria – ao ver um moço muito tranqüilo empinando uma pipa às três da tarde num gramado da universidade.

Estarei louca? Não sei, mas espero conseguir aproveitar o calor.

PelamordeDeus, me digam a verdade, mesmo que doa:

– É sério que o cine Largo do Machado foi vendido pros crentes???