Às vezes eu penso em fazer um doutorado mas aí eu sacudo a cabeça bem forte. Se até o mestrado gera posts como esse último, já pensou doutora???

Estou na dúvida entre postar letra de música e bater a cabeça na parede. A música, no caso, era aquela que dizia “tenho quase certeza que eu não sou daqui”, com o que eu vejo como erro gramatical e tudo. Essa parte sempre me doeu no ouvido. Hoje tudo deu errado, no laboratório, claro. Vai ver que foi porque não almocei, comi só o tal do bagel que não é tão bom assim. Acho que vou ali bater a cabeça na parede rapidinho, pra esquecer da situação em que eu estou e tudo o que eu deveria fazer mas não quero. Meleca. Não quero. Se eu bater o pé no chão (além da cabeça na parede, já sabem) será que adianta?

Vou é dormir.

Parece mentira, parece um Alice no País das Maravilhas com chapeleiros jóias e gatos amigáveis, mas a verdade é que todo mundo com quem eu falo está procurando seu lugar no mundo, e eu achava que era só eu.



Contei do Halloween? Eu era Emília, Gastón era Visconde.

Kwaanza

Umoja- meaning Unity.

Kujichagulia- meaning Self-Determination.

Ujima- meaning Collective Work and Responsibility.

Ujamaa- meaning Cooperative Economics.

Nia- meaning Purpose

Kuumba- meaning Creativity.

Imani- meaning Faith.

Return again,

return again,

Return to the land of your soul.

Return to what you are.

Return to who you are.

Return to where you are

Born and reborn again.

Ó, a bruxinha aí do lado deseja a todos um feliz dia.

Ah, é. Demorou mas lembrei. Sempre me acontece isso, penso em um post e ele me escapa, ainda mais nesses últimos dias em que não tenho escrito nada. De qualquer maneira…

Meu pai é quem vêem obviamente em mim, na minha eterna mania de fazer “Lairzadas”, na minha cabeça meio dura, na minha mania de levar canivete e lavar os pés antes de dormir. (E a prudência, meu Deus, a prudência!) Mas só esta semana pensei em duas coisas muito bacanas que minha mãe me ensinou.

Uma foi cortar couve. E eu nunca tinha me dado conta porque nunca tinha precisado cortar couve. Mas na feijoada de sábado, na casa da Fabi, o Amarildo me chamou num canto e falou: “Heloisa, dá um jeito ali que aquele trem que a Fabi tá cortando tá muito grande.”. Eu fui com todo o jeitinho e pedi pra ajudar, e ele disse “É, Fabi, eu falei pra ela que essa couve que cê tá cortando não tá prestando não!”. Aí eu tentei cortar fininho. Nem foi na mão que nem minha mãe faz, enrolando as folhas e cortando na horizontal, foi na tábua mesmo. Mas eu ensinei pruma americana o tamanho que tinha que ser e depois todo mundo elogiou. A Fabi refogou a couve comentando “olha só, eu tô reconhecendo quais fui eu que cortei!” e uma menina asiática deu os parabéns pela couve, disse que estava linda cortada fininho, e que isso não é fácil não, que ela sabe. Ela trabalhou no zoológico e tinha que cortar verdura prum pássaro, bem fininha, só assim que ele comia. A minha madrinha fala que a couve da minha mãe parece cabelo. A Ally, a americana que mora com a Fabi, disse que da próxima vez tenta do jeito certo, segurando a faca na horizontal.

A outra foi o respeito pelos livros. Eu sou insuportável com os meus livros. Pode até estragar um pouquinho de carregar na mochila, afinal “burro carregado de livro é doutor”, mas fazer isso que fazem aqui, nunca! Meu cabelo se põe em pé cada vez que vejo alguém grifando um livro com caneta ou com aquelas canetas coloridas. “Mesmo que o livro seja seu, ele sempre pode ser usado por outra pessoa depois.” Claro, o fato de eu ter usado livros da minha irmã em uma época em que eles estavam apenas começando a eliminar o formato com-espaço-pras-respostas também ajudou. Semana passada minha orientadora perguntou se fui eu quem marcou um livro que ela tinha tirado da biblioteca e me emprestado (marcado a lápis, forte, quase tudo, sem esperança de resolução via borracha), e eu tive o orgulho de dizer na lata: “não, isso eu não faço, porque minha mãe me ensinou”.

Putz. Terminei de escrever o post e lembrei que a Bíblia da minha mãe parece uma mistura de carnaval da Sapucaí com propaganda de cruzeiro em Miami. Mas Bíblia não conta, né?