Eu às vezes não tenho paciência pro vocabulário da poesia. Aparece um homem falando da vida na floresta, eu digo “esse aí? nem cinco minutos eu aturava”. Vem outro e fala de cimento, tijolo, revestimento, e eu: “com esse sim eu fechava o boteco”, tal qual uma Dona Baratinha concreta e ligeiramente alcoólatra. Meu conselheiro diz: “larga esse corpo de exatas, que ele não te pertence, vem pro onírico”, mas meu pé grande tá fincado no chão, bem raiz. Que que a gente faz? A gente segue. “Bruxa cartesiana.”