Eu: “Devagar e… sempre?”
Ele: “Divagar, sempre!”
Maffalda e TonhoZ, brincando com nicknames no msn.
Convoluta e Paramétrica
Eu: “Devagar e… sempre?”
Ele: “Divagar, sempre!”
Maffalda e TonhoZ, brincando com nicknames no msn.
Aquele “acaba aqui” era só do poema dramático. Passaaaar, mesmo, não passou, mas vai. Obrigada. Beeeep!
Eu li Pessoa e pessoa me traduziu
eu li Whitman e Whitman sou eu,
Cecília sofreu de amores,
Manuel Bandeira e sua lagarta listrada.
Mas a dor é minha, só minha
e eu fico só bem quando ouço música
os poemas são métrica para o meu sofrimento
embora eu ria, eu ria,
os amigos estão lá
apoio e cruz,
e eu não sei mais viver sem ser esta confusão
que alaga e é deserto ao mesmo tempo.
Cercam-me objetos, palavras, televisões, notícias,
palavras cruzadas, homens, religião e roupas,
e em nada eu vejo o fim, em nada me vejo melhor.
O futuro que a Deus pertencia até ontem
chega e não me diz a que veio.
A cama, eterna companheira, para mim que não toco violão,
não me dá mais que dores e espasmos.
Correr, subir, pular, trepar, resposta nada.
As risadas no quarto ao lado me deixam feliz
por quem as dá, não por mim,
que eu não estou mais em situação de me alegrar
pelos outros.
Aliás, se outros há não os conheço,
não quero nada com eles.
A filosofia nunca foi minha amiga, agora a química,
sabe a química? me abandonou também.
Vejo homens, vejo mulheres, vejo gente e ninguém me toca
fisicamente ou otherwise.
Estou cansada, cansada de tudo,
já choro, choro por nada,
e escrever, palavras em vão,
escrever era meu último recurso.
Acaba aqui.
Querendo que limoeiro dê jaca.
Pelo menos os sonhos são bons.
Menina, ela mete medo
Menina ela fecha a roda
Menina não tem saída
De cima, de banda ou de lado
Menina olhe pra frente
Menina, todo cuidado
Não queira dormir no ponto
Segure o jogo, atenção de manhã
Chegou o verão, e há o que sempre houve: casais que estremecem, confusões conjugais e extra, ansiedade esparsa, caju e abacaxi, viagens bruscas, suaves delíqüios, telefonemas esquisitos, noitadas vãs. Tudo isso é o verão, e o verão é a verdade do sol. Queimam-se as mulheres. Umas se fazem cor de cobre, outras se doiram, em outras repontam discretamente sardas ao longo do corpo, como estrelas ao crepúsculo. Reparem bem esta comparação: é obviamente ruim mas é tipicamente de verão,
e o verão em si não é mau, nem bom, é a nossa profunda, verdadeira verdade.
No msn, com TonhoZ:
Lembrei MUITO de você no livro que eu to lendo
A mulher, protagonista do livro, participou do seguinte diálogo:
Homem: “How do you know all that? How can you know about me that much?”
E ela respondeu: “I’ve googled you”
…foi minha conversa com minha mãe no telefone:
– Entrega pra Deus, mãe!
(Eu sabia que minha vez de dizer isso ia chegar!)