A vida se repete na estação
June 25th, 2009 | | 3 Comments »Tirei da gaveta aquele colar de prata que a Ana trouxe de Barcelona pra mim. Estava oxidado, usei assim mesmo, em duas semanas ele poliu contra o meu corpo. Só a parte redonda, um círculo cortado ao meio pra me lembrar que a vida vai e vem, com marcas de mudança a cada tanto. Agora lancei mão do truque da pasta de dente para ajeitar o colar (rabo-de-elefante, diziam antigamente) mas continua um pouco pretinha. Imperfeita e linda, como anda tudo ultimamente.
As linhas entre o que é família e o que são amigos vai se borrando cada vez mais. Os amigos parece que estiveram sempre lá, o laço já não se desfaz tão facilmente.
“Os amigos parece que estiveram sempre lá, o laço já não se desfaz tão facilmente.” gostei muito disso, e sinto assim. (e como das vantagens de já não ser mais tão moleque.) de ver como o tempo, e necessariamente grande dose dele, soldam conexões como se viessem de fábrica; dos amigos que eram como patches numa jaqueta jeans, passaram a tatuagem e já são quase como pedaços do corpo.
e é fantástico descobrir que pode haver um verdadeiro amor fraterno, que só se associa a família, vivenciado em alguém (e nós) fazendo esta escolha constantemente. e torna-se substancial para a própria vivência.
(eu muito orgulho e gratidão dos meus ‘ermãos’ :))
De remendo a tatuagem. Que comentário fantástico, Tiagón. Obrigada.
Dois queridos. Encontrados ao acaso. Em poucas trocas de palavras já dava pra perceber que seriam amizades especiais. Não os encontro com a frequência que gostaria, mas talvez por isto mesmo cada encontro seja tão festejado, tão único.
Parabéns pelo texto e pelo comentário, meus dois amores.