Hoje estou escrevendo mais que ontem e menos que anteontem. Saudade dessa escrita-umbigo, mais registro e menos conteúdo. Não divertia você, mas me faz chorar até hoje lembrando tempos idos, e olha que metade das vezes nem eu sei do que estava falando.
É claro que não tenho tempo de escrever, porque dá um pusta trabalho ser feliz. Quando a gente tá contente dá preguiça, aparecem as poucas costuras malfeitas, a gente fica planejando o futuro e tentando arrumar gavetas ao mesmo tempo em que tenta se aproximar das pessoas e fazer as coisas que aquela gente feliz faz nas propagandas e nos filmes. Canseira braba.
Quando a vaca tá magra parece que fica mais fácil ter arroubos artísticos, ganhar colo, encontrar os amigos, consertar tudo ali grosso modo porque qualquer melhora é lucro. Mas ó, não tô reclamando não. Não muito.
Para ouvir: Dê um rolê
Tá cada vez mais difícil ser profundo fora da mesa de bar e fora das redes imediatistas de 140 caracteres. Mas desistir é para os fracos 😉
Ser feliz elimina a necessidade de preencher. A arte serve pra isso. Acho que a única coisa que compete com o nirvana, o Ser-Tudo e pleno e etc, o Ser-Deus, que eu levaria mesmo que eu virasse um ponto imaterial infinito ou coisa parecida, seria uns livros e quadros.