Quando ouvi pela primeira vez a expressão “vergonha alheia”, achei bacana ter uma descrição para o constrangimento que sentimos quando o calouro canta mal ou esquece a letra da música.
Ultimamente, porém, desenvolvi alergia à tal da vergonha alheia e começo a achar que esta é a expressão mais calhorda da web. Virou um carimbo de julgamento e de opressão.
O constrangimento pelo outro é até saudável, prova de empatia, de capacidade de entrar na pele de um semelhante e sentir o que ele sente, e provoca um instinto de ajuda ou de fuga. Mas a vergonha alheia arrogante que vemos por aí é justamente o contrário: um grande joga-pedra-na-Geni, que se compraz em condenar e procura motivo. Nem passa pela cabeça dos que se dizem tão constrangidos trocar de canal ou fechar o browser.
Se você sente muita vergonha alheia, reavalie se não é o caso de desligar um pouco o botão de julgar. Viva e deixe viver.
Fugindo do tema, entrando no vídeo.
Ficou mais bonito com o imprevisto do que se tivesse dado tudo certo. Esta ajuda, como senso de comunidade é muito importante.
Uma coisa que me marcou muito quando estive no Canadá, foi o senso de comunidade deles, de ajudar uns aos outros. E o que me chocou foi a história original do “patinho feio”.
A história original do patinho feio é baseado em um tipo de pato que nasce branco e fica cinza quando adulto. A moral de história é: você pode parecer diferente da gente agora, mas você pertence a esta comunidade.
Achei muito legal o vídeo. Tenho sérias dúvidas sobre o que aconteceria se tivesse sido no Brasil. Esta questão do “vergonha alheia” é só mais um “essa pessoa não pertence a minha comunidade”.
sabe quando eu morro de vergonha alheia? quando cantam parabéns pra alguém em público.
odeio que cantem pra mim.
tenho vontade de me esconder em solidariedade!