Tendo a lua

Não sei botar gravidade no amor. Tudo flutua e meu esforço é tirar peso. Declaração a sério, beijo a sério, sexo a sério, não sei fazer. É tudo rindo, um tal de achar graça, divirto(-me). Até no casamento a família do noivo comentou (implicou?): “Ela entrou na igreja sorrindo, parece que casa todo dia”. Sendo assim, me duvidam. Quem requer sisudez (ou predileção) vai se ver boiando no espaço. Salvo raras ocasiões de zanga ou medo, “eu te amo” levita. É da minha natureza.

(Mas te amo.)