Alguma coisa funciona muito mal na minha cabeça. Eu não penso mais “hmmm, eu gostaria de saber mais sobre este assunto”.

Eu penso o que eu vou digitar na janelinha.

Pensamento positivo anti-encasquetativo:

– Não encasquetar, não encasquetar, não encasquetar…

Não está funcionando!

A minha prima Belezinha está pensando em me convidar pra ir pra California no verão. I’m very very very excited about it. Tenho que começar a fazer planos, ver como posso fazer pra despistar meus orientadores aqui…

Brilhando pela minha presença

Fui jantar, afinal, com os amigos confusos. Lá pelas tantas começaram a debochar da gente porque não escrevemos de volta, etc, etc. E eu quieta. Quando terminei de comer e ninguém mais poderia dizer que meu chilique era de fome, subi nos tamancos e rodei minha baiana portenha: “si pueden parar con los comentarios tontos lo agradezco, porque a mi no me hace la más mínima gracia. Que se vayan todos a cagar.”.

Bonito, hein? Eu tinha que ter fotografado as caras quando eu disse isso.

Na verdade, eu não fui tão indelicada quanto parece. E ainda consegui a façanha de mandar o recado pra uma pessoa através da outra. “Fulana, odeio quando você faz isso” quando quem faz mesmo é a Beltrana, que está no canto encolhida com uma cara de terror percebendo que melhor não facilitar. Essa!

Deixa eu reclamar um pouquinho.

Digam se eu estou doida.

Não sou a melhor anfitriã do mundo, mas pelo menos sei que se eu quero programar uma festa ou uma “balada” devo consultar duas ou três pessoas próximas quanto a uma possível data. Depois eu decido onde e a que horas e mando um convite com antecedência. Quem puder ir, vai. Quem não puder, oh, foi mal aí, fica pra próxima. Se for meu aniversário, melhor ainda, eu assumo que têm que fazer minhas vontades e pronto.

O que não dá é você mandar um email numa sexta-feira, dizendo que seu aniversário é na quarta seguinte e propondo uma saída para a próxima sexta. Mas não diz onde nem a que hora. O email foi para 7 pessoas. Aí as pessoas começam a trocar idéias desesperadamente com emails mandados a todos, sugerindo restaurantes, teatros, não teatro eu não posso, quem dirige, blá, blá, blá. E, se por educação ou conformidade com os planos sendo feitos, alguém não responde, você manda um email reclamando que “Fulano e Beltrana brilham por sua ausência”, um jeito sarcástico de dizer que eles não estão te dando bola quando é óbvio e evidente que eles têm a obrigação e o dever, como amigos, de escrever alguma idiotice só pra participar dessa loucura toda. Aí, na sexta mesmo, juro, na sexta de manhã, depois de uma semana de caixas postais cheias e sacos arrebentados, você decide a que horas e onde vocês vão se encontrar, e acrescenta: “Fulano e Beltrana, vocês já fizeram as reservas?”, ignorando solenemente que se o Fulano e muito menos a pobre Beltrana não sabiam o que o você estava pensando nessa sua cabeça louca, como é que eles iam fazer a *&&^&(*& da reserva?

Ok. Desabafei.

Um diálogo antes de dormir.

Do que você está rindo?

– Nada, meu pé está super gelado e eu estou lembrando dessa moça que contou no blog dela que conhecia um mocinho que estava sempre a 38 graus.

Eita. Quem é essa?

– Uma moça de um blog. É mais engraçado ainda porque ela escreve com sotaque, um sotaque lindo.

– Ah, aquela que mora em Lampião City?

– … É!

A gente pensa que ele não está prestando atenção, mas ele está, sim.

Helwise já foi um nome comum. Mas, também, Diot Coke já foi nome… (via Pedro Dória)

Claro, o fato de o meu apelido ser o nome da personagem principal do Quino e eu ter me casado logo com um argentino foi coincidência pura.

E esqueci de dizer que a epígrafe da minha tese foi ela: