Calvin blogueiro.
Promessa de email.
Blog-se ferozmente e aguarde que neste fim-de-semana vai. Mas vai demorar umas 2 horas escrevendo, e parar no meio desta roda-viva aqui em horário de expediente e dias normais é impossível…
O email veio (olha a rima! estou poética!) e parecia mais de três horas.
Kevin Arnold e Winnie Cooper continuaram amigos depois da série? Espero que sim.
Blog-se ferozmente…
Alguns colegas de Campinas, da Física, tinham um projeto muito bacana. Não de pós-graduação: de vida. Um grupo de amigos, dez, quinze pessoas, se juntou para comprar um terreno em uma cidade próxima. A idéia era construir algumas casas, morarem todos pertinho, uns criando os filhos dos outros, uma horta, uma comunidade. Claaaro, tem gente que diz que são loucos, que isso é sonho. Mas dos sonhos pra viver, achei um dos melhores. Tem tudo pra dar errado, mas se der certo, ao menos por um tempo…
Quando vim embora, eles já tinham limpado o terreno, construído uma cabana para guardar o material de construção, projetado o lugar de cada coisa.
Eu sonho de cá minha vila, com comadres e compadres em todos os lados, e alguns quartos de hóspedes. A minha não existirá, mas torço pela deles. Como andará?
Meus amigos são qualquer coisa…
Vários tocam em banda, um faz intervenções urbanas que viram curta-metragens, outra dá aulas de francês em Nova Iorque, outra trabalha em exposições amplamente noticiadas, outra tem histórias loucas de postos de saúde, outra participa de competições de judô, outro atravessa os States de carro pra ir pra Berkeley. Eles também se desdobram: fazem websites, dão uma de babá, têm blogs, trabalham como jornalista pra cursar psicologia, são voluntários em museus, dão aula de informática, mergulham, namoram, fazem ginástica, vendem coisas, casam-se, mudam-se, fazem performance, têm filhos, viajam, compram toneladas de cds.
Não necessariamente nessa ordem.
Minha cabeça tá ficando pouca pra tanta novidade.
Brooklyn
A garota durona aqui esteve no Brooklyn. Conferência. Só 45 pessoas, a organização foi um desastre. Não, deixa eu começar do começo.
Viagem de Amtrak, uma moça linda do meu lado, vestida toda tipo feira hippie-BH. Eu pensando: essa aí é da Califórnia. De onde você é? Ela: de muito, muito longe, da América do Sul! Era argentina, e a irmã e o cunhado moram aqui em Baltimore, tomara que nos procurem.
Chego lá, encontro uma amiga de Sion, andamos pra caramba mas eu não vi nada, estávamos tão distraídas na fofoca. Ela pagou jantar pra mim às 5 e só nos despedimos às 9, acho que ela estava morrendo de fome, só me dei conta depois. E até treinou minha apresentação comigo!
Dia seguinte, a conferência. Gostaram da minha apresentação, yes!
No outro dia, terminou cedo, vim pra casa. Meus pés estavam me matando, dei uma de valente, só levei salto alto. Usei o tempo todo a calça que a Beta me ajudou a escolher (obrigada, amiga!).
Por causa das recentes tempestades, minha casa está só com meia fase de luz desde terça à noite. Isso significa que tudo em casa está ligado em extensões que vão dos lugares mais esquisitos aos mais esdrúxulos, fora a extensão que está conectada de uma das nossas tomadas à geladeira dos vizinhos, que não têm luz nenhuma. E banho quente nem falar, fomos à casa dos nossos amigos pra lavar as partes. Ninguém merece.
Foi! Foi pra conta!!!
(era propaganda de netbanking do Itaú, né? Era?)
Diálogo de há tempos, com uma amiga muito querida… Ela me diz:
– Ah, sabe quem eu encontrei outro dia*? O Rafael, lembra?
– Ah, ééé… O Rafael! O que virou dele?
– Olha, virou um pedaço de mau caminho!!!
* Tratando-se da pessoa em questão, “outro dia” pode ter sido ontem ou há um ano.
Será que a mãe dele já descobriu o buraco que o pedal da bateria fez no carpete embaixo da cama?
Dá só uma olhadinha na concorrente do Arnold!
Notícia tirada do Clarín e confirmada pelo Washington Post.
Hoje eu queria me enrolar em palavras, fazer um crochê das frases boas.
Mas não vai dar. Hoje, o embuste sou eu.