Descobrir um blog de uma pessoa que você só conhece de vista produz um encantamento, mesmo. É uma janela muito da indiscreta para os pensamentos e sentimentos de alguém que de outro modo não se deixaria descortinar tão a fundo.

Pode ser isso, ou pode ser que você não tenha nada pra fazer ou esteja entediado pra lá de muito, Paul McCartney!

!

Falta de paciência é uma droga. 🙁



Se eu acreditasse em Papai Noel eu estaria escrevendo minha cartinha neste instante.

Había una luna a medias la noche que desquició para siempre los ordenados sentimientos de la tía Inés Aguirre. Una luna intrigosa y ardiente que se reía de ella. Y era tan negro el cielo que la rodeaba que adivinar por qué no pensó Inés en escaparse de aquel embrujo.

Quizá aunque la luna no hubiera estado ahí, aunque el cielo hubiera fingido transparencia, todo habría sido igual. Pero la tía Inés culpaba a la luna para no sentirse la única causante de su desgracia. Sólo bajo esa luna pudo empezarle a ella la pena que le tenía tomado el cuerpo. Una desdicha que, como casi siempre pasa, se le metió fingiendo ser el origen mismo de la dicha.

(…)

Se volvió distraída y olvidadiza. Pedía auxilio para encontrar el lápiz que tenía en la mano, los anteojos que llevaba puestos, las flores que acababa de cortar. Del modo en que andaba podía derivarse que no iba a ninguna parte, porque después del primer paso casi siempre olvidaba su destino. Confundía la mano derecha con la izquierda y nunca recordaba un apellido. Terminó llamando a sus tíos con el nombre de sus hermanos y a sus hermanas con el nombre de sus amigas. Cada mañana tenía que adivinar en cuál cajón guardaba su ropa interior y cómo se llamaban las frutas redondas que ponía en el jugo del desayuno. Nunca sabía qué horas eran y varias veces estuvo a punto de ser atropellada.

Una tarde hacía el más delicioso pastel de chocolate y a la semana siguiente no encontraba la receta ni sabía de qué pastel le hablaban. Iba al mercado para volver sin cebollas, y hasta el Padre Nuestro se le olvidó de buenas a primeras. A veces se quedaba mirando un florero, una silla, un tenedor, un peine, una sortija y preguntaba con la ingenuidad de su alma:

– ¿Para qué sirve esto?

Otras, escribía en cualquier cuaderno toda clase de historias que después no podía leer porque con el punto final olvidaba las letras.

En uno de estos cuadernos escribió la última vez que supo hacerlo: “Cada luna es distinta. Cada luna tiene su propia historia. Dichosos quienes pueden olvidar su mejor luna.”

(Angeles Mastretta, in Mujeres de Ojos Grandes)

Agora não peça, não me faça promessas…

Ontem tive a conversa que temi por anos, e foi exatamente, repito, e-xa-ta-men-te como eu achei que ia ser. Sem pedidos de desculpas, com acusações e intrigas, eu sendo a que corre atrás, e vamos botar uma pedra nesse assunto. Se nada mais me resta, pelo menos o gostinho de saber que sim, eu estava certa, sim, eu conheço as pessoas com quem convivi. E não perdi nada.

Mate

Até que enfim aprendi a fazer um mate que preste!

Bueno, che! Que querés? No soy de allá ni nada!

Eu e a música

Na nossa casa não se ouve música. Nossa, digo, onde eu cresci. “Mas nós não somos musicais”, é o que se diz. As canções preferidas do meu pai são, no máximo, umas quatro, todas com mais de 30 anos (foi mal aí, Pai, mas o senhor tá véio mesmo!). Minha irmã só ouvia música brasileira, e apesar de também não ser muito ligada musicalmente só comprava disco bom. Impressionante. Já minha mãe é eclética, ouve bastantes coisas diferentes, se comparada à média da casa.

Pois eu gosto de música, sim. Não chego a ser fanática, e morro de inveja de gente que sabe de história da música. Qualquer história de qualquer música: conhecimento profundo de rock, jazz, mpb, bossa nova, o que for. Sempre me agradou a voz: me encanta a idéia de que o corpo é um instrumento, e também gosto de ouvir letras.

E é pelo que se diz em uma canção que estou fazendo este post. Com minha às vezes extenuante boa memória, sempre acho um verso que descreve o que estou vivendo. Eu poderia contar tudo através de bons cut-and-paste. No entanto, não o faço por medo de chapar ainda mais minha criatividade.

É por isso que eu não vou dizer que quem diz muito que vai não vai, assim como não vai, não vem.

Lista de compras

Do Brasil

Meias (de bichinho ou coloridas)

Calça jeans (sem balangandãs)

Creme de cabelo (o potão de camomila)

“Olhos de Farol”, do Ney Matogrosso, pra um amigo meu que pediu

Café em grão pro Enrique que me pediu quando eu fui e eu esqueci de comprar

Mais um par de havaianas (marrons ou azuis, rosa já tenho)

Lentes de contato (vou conferir o grau e a curvatura)

Bombons Garoto pro Gastón

Uma camisa do Brasil? (Qualquer modelo serve!!! Me recuso a viver numa casa onde só há camisa da Argentina!)

Cachaça??

Pilão pra fazer caipirinha? (Mas só se for fácil de achar…)

Chá de cidreira que o daqui não prestou.

Da Argentina

Bombachas de campo

Yerba

Unos alfajores

Por enquanto é só. Stay tuned!