Nova Relatividade

Recife: 24 graus, sensação térmica 26 graus, Beta tiritando de frio.

College Park: 22 graus, sensação térmica 22 graus, Heloisa feliz feito pinto no lixo.

I’m such a geek!

Ontem estava furiosa porque o meu email da universidade travou e assim permaneceu o dia inteiro. De madrugada vim blogar pra reclamar da vida e, para minha surpresa, achei uma notinha ali acima dos nomes dos meus blogs que me oferecia uma conta no gmail, o tão falado sistema do google que tem 1Gb de espaço pros usuários e ainda não está aberto para o público.

Cadastrei-me com o meu username preferido, heloisa, que é difícil de achar em qualquer lugar (tem muitas Helôs por aí, aparentemente). Agora estou dando pulos de felicidade, sentindo-me importantíssima. Não tem jeito. Eu sou uma geekette.

Procrastinação é o meu nome.

E eu odeio isso!

Tudo se alinha

Falei do meu primo Helder num post ali embaixo, e menos de 24 horas depois recebi um email do outro primo Helder (sobrinho do primeiro). Sincronia… Duvideodó que ele seja leitor do blog.

Pra quem já viajou a lugares tão distantes

Não é o desconhecido que assusta

E a solidão é como um barco sem rumo

Às vezes necessito o conforto do cais

(Eu entendo!)

E como fantasiar não é pecado

Eu continuo a viver

Alice (no País da Malandragem) – Da Lata

Ontem foi o primeiro churrasco da Maryland Brazilian Society. Bom pra caramba! Os meninos organizaram tudo direitinho, eu fui meio na aba e só doei mesmo espaço de geladeira e olhe lá. Uma de nossas amigas emprestou a casa, e aquela expressão “queimamos uma carninha” nunca foi tão cheia de significado.

Trinta e uma pessoas passaram por lá, das quais talvez umas dez fossem brasileiras, e o resto só gente que gosta do Brasil e corre atrás da caipirinha. Carne maravilhosa, e a certeza de que brasileiro não preeeeesta mesmo. Fofoca simplesmente não é a mesma coisa em outra língua, tem que ser em português senão não dá certo.

Depois fui pra casa do meu orientador prum jantar, tinha outros alunos lá e estava mais ou menos legal, mas deu uma pena danada de ter largado o churrasco…

Hoje está fazendo um sol maravilhoso. Ligo pra minha mãe e digo “mãe, vou ali deitar na grama pra tomar um solzinho.” E ela me vem com essa conversa: “ai, fomos à praia, a água estava tão linda, tão transparente…” “Ó, pó pará de me fazer inveja. Cê não me ouviu não? Vou tomar sol NA GRAMA!”

Io non sono venuta al mondo per lavorare ma per passeggiare!

Isso estava escrito numa camiseta vestida pela Ana Paula Arósio, numa edição velhíssima da Capricho. E se bobear eu ainda tenho o recorte…

PS: E também era a frase preferida do Helder, meu primo.

Câmbio, Mustapha, câmbio.

Juro que não foi de propósito!

Um post tem vários nomes de atrizes de Hollywood, outro tem a palavra mágica: pe-la-da. Google é nosso amigo. Isto aqui vai lotar.

Uma palmada bem dada

É a menina manhosa
que não gosta da rosa,
que não quer a borboleta
porque é amarela e preta,
que não quer maçã nem pêra
porque tem gosto de cera,
que não toma leite,
porque lhe parece azeite,
que mingau não toma,
porque é mesmo goma,
que não almoça nem janta
porque cansa a garganta,
que tem medo do gato,
e também do rato,
e também do cão
e também do ladrão,
que não calça meia
porque dentro tem areia,
que não toma banho frio
porque sente arrepio,
que não toma banho quente
porque calor sente,
que a unha não corta,
porque sempre fica torta,
que não escova os dentes,
porque ficam dormentes,
que não quer dormir cedo,
porque sente imenso medo;
que também tarde não dorme,
porque sente um medo enorme,
que não quer festa nem beijo
nem doce nem queijo…
Ó menina levada,
Quer uma palmada?
Uma palmada bem dada
Para quem não quer nada!

(Cecília Meireles)