Experimenta colocar “miserable failure” na caixinha de busca do Google…
Um pro jantar, outro pra sobremesa
Foi a namorada de um amigo quem começou essa história. É uma pergunta aparentemente boba: “se você tivesse que jantar com uma dessas pessoas e…” (mãe, tampa o ouvido aí!) “fazer sexo com a outra, quem você escolheria pra quê?”. Seguem-se os nomes de dois atores ou duas atrizes.
Primeiro que dá muito pano pra manga, tem sempre mais um par de atores ou atrizes pra gente perguntar. Outra coisa ótima é que a gente descobre um monte de coisas sobre os amigos. Quem gosta do Tom Cruise, quem gosta do Brad Pitt e por quê. Que a esmagadora maioria dos homens prefere a Angelina Jolie à Catherine Zeta-Jones, a Charlize Theron à René Z. e a Nicole Kidman à Penélope Cruz – menos o Gastón. Que tem gente que pensa primeiro no jantar. Que sim, há homens que gostam da Drew Barrymore. Que algumas meninas ficam estranhamente empolgadas quando se fala da Angelina Jolie.
Semana passada passei uma tarde inteira com três amigos e uma amiga fazendo essas perguntas. E por um tempo você continua pensando assim, via imdb e em pares…
Continuo cismada que déjà vu é mau presságio.
Ó mundo tão surreal, tudo é tão surreal, ô-ôôô-ôô.
Should I bolt every time I get that feeling in my gut when I meet someone new? Well, I’ve been listening to my gut since I was 14 years old, and frankly speaking, I’ve come to the conclusion that my guts have shit for brains.
High Fidelity.
Esqueci de fazer o olhar da sopa na camisa, mas fiz algo parecido.
Hoje eu vim com a barriga toooooda de fora e uns brincos enormes. Outro dia vi uma moça pelada na revista com uns brincos iguais a estes que eu tenho, aí hoje pensei que com razão ela tava pelada, os brincos não combinam com roupa nenhuma mesmo.
Mulher que não usa maquiagem é fogo, não posso nem passar um batonzinho que todo mundo faz o maior escândalo: uia, ela tá de batom.
Chato é se vestir toda tchans, achar que tá ótimo depois ficar o dia todo achando que estão reparando…
Primeiro eu estava assim, nostálgica, pensando em todos os gestos de amigos de que me lembro, gestos, o mexer das mãos, a voz, o olhar, o jeito de me olhar, como dizem meu nome, como tomam café, tudo isso eu perdi, porque ainda me lembro mas não vejo mais, com raras exceções de espiadas pela webcam para ver como ela mexe no cabelo. Até chorei pensando nisso, sem tpm nem nada, pensando em todos esses gestos sendo produzidos a cada segundo sem eu lá, egoismo, né?, toda essa gente que continua vivendo e respirando e se casando e que eu não dou conta nem de ir nem de dizer -eu me importo, uma mudez que me acomete como se sendo assim, grossa, as coisas fossem parar de acontecer mas não páram.
Depois eu pensei que oras, eu estou aqui, há gestos novos pra aprender, vozes novas pra ouvir (uau, que vozes!), novos apelidos, novos olhares azuis ou não. E eu fiquei feliz com a minha capacidade de fazer novas memórias. Só que a bola de cristal me faz falta, me faz falta saber onde estarei e quando vou chorar essas memórias novas. Dramática, eu?
A outra coisa que pensei, essa linda e que me faz feliz, é na quantidade de mulheres bárbaras que encontrei vida afora. Gente fina, elegante, sincera, inteligente, putcha vida, quanta mulher inteligente e bem-resolvida que eu conheço. Eu acho que se eu conseguisse carregar todas elas comigo, como eu tento, seria mais invencível que a mulher maravilha com seu laço mágico e seus braceletes. As mulheres da minha vida são muitas e são maravilhosas, embora às vezes eu ache que há muitos amigos e poucas amigas, isso não é verdade.
Era isso que eu estava pensando.
Porque ser má e poderosa pode ser meio poético também:
dá uma olhada pra ele com sorrisinho de como ele estivesse com a camisa manchada de sopa…
(o besta)
ele vai ficar encanado o dia inteiro
e aprende a nao se achar o maximo
Adivinha de quem saem essas idéias…