Estarei condenada a chorar como uma bezerra cada vez que ouço A Novidade???

Sim, Anna, tem um furacão chegando…

Esse furacão é o mesmo que esteve nas Bahamas há pouco tempo, e seu olho vai bater na costa de North Carolina amanhã ao redor do meio-dia. Hoje já está começando a tempestade (a “borda” do furacão). Aqui em Washington DC e Maryland a tempestade está prevista para começar na quinta à tarde ou à noite, não sei direito. Lá na costa as pessoas estão comprando madeira pra vedar as janelas e a porta da garagem – uma vez que o vento entra, arranca tudo. Aqui parece que vai chover canivete, e meu orientador já disse pra todo mundo fazer backup dos arquivos de dados dos experimentos e colocar os cadernos de laboratório nas gavetas.

You should also make sure that all of your data are kept safe. Lab

notebooks, graphs, diskettes, papers, etc. should all be kept in drawers or

cabinets. Data on computer should be backed up. Your data are very

important to you and result from months (years), many many years ([fulana]?) of

work and would be very difficult to replace. Be aware that windows could

break, rooms could flood, and how this would impact you and your work if

this should happen. (We saw this happen when the tornado hit at USDA 2

years ago. Lab windows were broken and some papers and books that were

sitting on bench tops were never found.)

Eu tenho lanternas em casa, só não tenho rádio a pilha. Qualquer coisa me escondo no banheiro!

Olha aí o que vem chegando…

O Benigni se safou com Buon giorno principesa! porque todo mundo sabia que o filme acabava em tragédia, sim ou sim.
O Léo Jaime veio com essa de Alô mocinha! e era até simpático, o cara escrevia mesmo na Capricho e as leitoras eram, afinal de contas, mocinhas.
Joey e seu inacreditável how you doin’? sobrevivem na série de tv, com claques ao fundo.
Mas cuidado! Se você está paquerando alguém, mesmo, veja bem, mesmo que ela tenha gostado muuuuuuuuito da primeira vez que você a chamou de mocinha, de princesa, de gatinha, de doce de coco, de Narizinho: não tente fazer uma marca registrada. Dá certo em filme de segunda guerra, dá certo pro roqueiro na Capricho, mas você, meu caro, você não banca. Vai virar o chato de galochas que diz sempre a mesma coisa. E se escrever, então, vai virar motivo de chacota. Vai embrulhar o estômago da Narizinho. Se toque, meu amigo! Um pouco de criatividade…

[Pronto. Exorcizei. Não reclamo mais.]

Cena número 1: duas pessoas numa mesma sala de aula, cumprimentando-se ocasionalmente à entrada ou saída. (Montagem de cenas para sugerir passagem de tempo igual a um semestre (outono) ou 4 meses aproximadamente.)
Cena número 2: Primavera. O rapaz usa uma camiseta com uma bandeira, a moça passa e diz: bonita camisa. Ele diz eu estive lá, e ela pergunta em que bairro, o que ele fez, etc. Ele responde, e diz que tem fotos.
Cena número 3: O próximo outono. Eles se vêem no corredor, dizem oi.
Cena número 4: Eles se encontram na saída de uma aula, ela diz que ainda quer ver as fotos (erro), dá o email (erro total). Ela acha que usar aliança é o suficiente para as pessoas não serem maliciosas. Tolinha.
Email número 1: Ei! É o Fulano. Achei minhas fotos do Rio se você quiser passar por aqui e vê-las esta noite. (um número de telefone)
Passagem de tempo: Uma semana, ela rindo e impressionada como ninguém mais olha a aliança estes dias, pô! Uma amiga diz que isso que dá casar jovem. Pensando como escrever um email e dizer sutilmente pro cara se tocar que não rola.
Email número 2: (7 dias depois) Ei! Eu tentei mandar um email [aqui um fragmento de palavra sintaticamente incompreensível, o que indica que ele editou o email. Oh, não!] semana passada e eu acho que anotei seu email errado. De qualquer maneira, eu achei minhas fotos do Rio se você quiser passar aqui e vê-las. Me liga (número de telefone). Fulano.
Cena número 5: Ela agarrando a deixa no ar e escrevendo rápido de volta.
Email número 3: (dela pra ele) Oi, Fulano, desculpe! Eu recebi seu email mas a semana passada foi louca porque meu marido estava para viajar. Você não pode trazer as fotos para a gente ver elas no campus? Até mais! Beltrana. [note o recurso esperto: “a gente” pode ser “eu e você” ou “meu maravilhoso marido, eu e você”]
Aguardem cenas do próximo capítulo. Se houver. Deve até ter feito tóim esse fora na testa dele, mas isso é pra aprender o que as mulheres já sabem há séculos: pé atrás com qualquer coisa que se pareça com uma aliança.

Até mais ou menos os 20 anos, eu pensava que quando eu tivesse uma filha iria dar o nome de Isabel. Um amigo meu, aquele do blog-se ferozmente, me disse: Ih, Helô, faz isso não! Quando perguntei o motivo, ele explicou logo: Nunca reparou que Isabel sempre tem mau gênio? Pelo sim, pelo não, melhor evitar, né? O nome, digo…
Pois é, agora tem um furacão vindo na nossa direção. O nome? Esse mesmo: Isabel.

Sábado ficamos o dia inteiro enrolando para arrumar as malas do Gastón. Ele ia sair na madrugada de domingo, às 3:40, pra pegar o avião das 7. Claro que depois de tanta preguiça, a luz acabou (de novo) e o telefone pifou (de novo) e nós acabamos arrumando tudo com lanternas, no escuro. Fui uma boa espoUsa e acordei às 3 da manhã!
Agora quero saber como ele está…
Meu pai perguntou se ele tinha treinado.
Pra quê, pai?
– Pra andar de cabeça pra baixo lá!

Caminhando e cantando…

Link tirado lá do Hiro. Engraçado ver a mocinha balançando os quadris, os ombros que se tensionam de preocupação, o caminhar duro do homem apressado. Simpático.