Genial!
Você lê um livro, anota um código nele, e o “solta”. Presenteia alguém, vende-o para o sebo, deixa-o no banco da praça. Outra pessoa resolve abri-lo, e encontra lá o código. Vai no sítio indicado, confirma a “captura”. E assim se rastreiam livros.
135.000 membros, 448.000 livros soltos. Se você clicar em “go hunting” pode ver a lista de lugares onde vários livros foram “soltos”.
Tem 84 livros dando sopa no Brasil.
Monthly Archives: julho 2003
Nowhere Man
Este texto está ótimo. Saiu na revista Hemispheres, da Continental.
Nowhere Man
Tom Mueller
I suffer from a benign form of schizophrenia, which began on 17 September 1986. On that day, a little under half my life ago, I left my native United States and moved to England. The plan was to earn a two-year degree at Oxford, where I had chanced on a scholarship, then return. But two years stretched to three, after which I went to Seville to study classical guitar, worked in London and then in Berlin shortly after the Wall, and traveled in Latin America. In 1993 I moved to Italy, where I have lived ever since.
Silently, by degrees, something inside me has changed. Mind you, I am still an American. I have the frumpy blue passport with the gold eagle on it, and feel no need of another. I still eat boxed cereal for breakfast, root loudly for U.S. athletes in the Olympics, believe in the merit of a meritocracy, and harbor a vaguely puritanical faith in the cleansing o=power of strenuous exercise. Certainly, I am no Italian. I have poor taste in clothes, a violent aversion to siestas, and still cannot manage spaghetti without a mess. Yet with time, parts of me have come to feel very much at home here. It now seems more natural to address dogs and small children in Italian, I find I sleep better in structures built of ancient stone. And while I still convert Celsius to Fahrenheit in my head, snap judgments of cost, length and weight now come in euros, meters, kilos, When I travel to the States these days, I
Meu passarinho caiu do telhado.
Foi-se embora o coleirinho que não tinha um dedão, tomava banho duas vezes por dia, só conversava com a Bel e viveu 14 anos.
Ele tinha dois nomes, porque um eu esqueci e escolhi outro, agora só me lembro que o primeiro era Napoleão. Mas ninguém o chamava pelo nome. Na prática era Passáro, passarinho, o filho da Bel.
Tchau, Passaro!
Ah, falando de lá: o governo de Buenos Aires tem um portal ótimo, com dicas de turismo e agenda.
Outra vez Buenos Aires, da coluna de Janaína Figueiredo.
(Só uma observação: o Jardin Japonés não é um “parque temático” – no sentido moderno da expressão. Nem sequer é um parque com um tema. Ele foi um presente da coletividade japonesa residente na Argentina, e está dentro de um parque maior, onde também está o Rosedal.)
GASTRONOMIA
Jantar japonês em Palermo
Existem vários, e muito bons, restaurantes de comida japonesa na capital argentina. Mas um deles é especial: o restaurante do Jardim Japonês, um parque temático que está localizado no coração dos parques de Palermo. Além poder saborear um sushi delicioso, o visitante jantará, ou almoçará, com vista para os jardins, um dos passeios mais bonitos de Buenos Aires. Em média, uma refeição custa 30 pesos por pessoa (cerca de US$ 11), incluindo aí o vinho e o cafezinho. A casa fica na Avenida Casares 2.966. E o telefone para reservas é 4800-1322/23. O restaurante fecha toda terça-feira.
Show
Humor com música
Para quem conhece um pouco de Argentina, o nome do grupo “Les Luthiers” soará familiar. Para quem já viu algum show deste estranho e, ao mesmo tempo, maravilhoso grupo formado por cinco músicos, atores, compositores, escritores, cantores e comediantes argentinos, saberá do que estou falando, porque garanto que nunca viram nada parecido. “Les Luthiers” é considerado o que existe de melhor em humor musicado na América Latina. Em meados dos anos 60, numa Argentina bem diferente, um grupo de jovens cantores que pertencia à Universidade Nacional de Buenos Aires foi o grande sucesso de um festival de corais na província de Tucumán, norte do país. Em pouco tempo, o grupo, uma orquestra de instrumentos não convencionais criados pelos próprios músicos (luthier em francês significa justamente fabricante de instrumentos musicais), tornou-se um dos grandes símbolos musicais do país. É difícil descrever um show do “Les Luthiers” para quem nunca viu. Basta dizer que é um espetáculo único, fascinante. Músicas delirantes, humor finíssimo, e cinco artistas argentinos que cativam os espectadores com suas deliciosas interpretações. Pois bem, o grupo acaba de estrear um novo espetáculo, “Las obras de ayer” (as obras de ontem), uma compilação de seus melhores trabalhos, nos últimos 25 anos. Uma chance única de conhecê-los! Endereço: Marcelo T. De Alvear 1125, Centro da cidade. Telefone para informações: 4816-5943. Sexta-feira às 20h30m e sábados às 20h e às 22h30m.
Compras: Uma dica para as mulheres que gostam de estar na moda, mesmo em visita a outro país. O jeans da grife Rapsodia está virando um must entre o público feminino argentino. Para os mais observadores, prestem atenção: nos dois bolsos de trás, a calça tem bordado um símbolo, que parece uma grande asa. O preço, para os padrões internacionais, é razoável: 119 pesos (US$ 44). Onde você pode encontrar: Libertad 1.673 (Recoleta); Unicenter Shopping; Shopping Paseo Alcorta; Andres Arguibel 2.899 (Las Cañitas).
Pub: A região conhecida como Palermo Hollywood é um dos principais points da noite portenha. O pub
Antes que perguntem: foto figura jpg Tortuga Manuelita aqui.

Ao dizer “aquela do Peticov com as cores do arco-íris” me senti uma estúpida, como se me referisse “àquela do Tom Jobim que é bossa nova”. Era desta série que estava falando, viu?
Outro dia eu disse ao Gastón que gostaria de morar na Argentina, não fosse a crise. É que me chateia o fato de ele conhecer tanto mais sobre a cultura e os costumes brasileiros do que eu conheço sobre a Argentina. Ele conhece Salvador, Rio, Curitiba, Campinas, São Paulo e até Muriaé – eu conheço Buenos Aires e Pilar. Ele morou cinco anos no meu país, e eu no dele fui só visita. Ele me pede pra fazer quindim e é flagrado assobiando sambas antigos, e a maior parte dos nossos cds é dele – e de música brasileira.
Não que essas coisas façam muita diferença num casamento de uma carioca que não samba e não chia com um argentino que não dança tango.
Eu até conheço a língua, pois meu espanhol está mais para argentino que qualquer outra coisa. Sei um monte de ditados, mas minhas gírias são daquelas que perderam a validade em 97. Gosto de doce de leite Gandara, locro, empanadas e chocolinas. Ouvi o cd da Maria Elena Walsh e vi a Tortuga Manolita. Sinto falta do café com medialunas. Adoro minhas bombachas de campo. Tenho saudades da Ana Monteiro.
Mas foi só aqui nos Estados Unidos que eu vim a conhecer mais argentinos, e no começo era estranho ouvir uma conversa inteira com o sotaque que me acostumei a considerar só do Gastón (isso sim é que é romântico!). Aprendi mais sobre a comida, a música, até aprendi danças tradicionais (chacarera). Surpreendi-me com o fato de nossa turma argentina ser mais coesa do que a brasileira. Isso em parte tem a ver com os Stanziola, Vero e Henry, que são os anfitriões perfeitos. Na casa deles participei, pela primeira vez fora de Pilar, de uma roda de mate (chimarrão). E eles trouxeram pra mim o mate (cuia) e a bombilla. Agora estou curando a cuia pra poder usá-la, mas já comecei a tomar mate como uma louca. Estou ficando viciada. Ainda não aprendi direito os meandros da coisa, tem que dar umas batidinhas de cabeça pra baixo, esperar 3 minutos, dar 3 pulinhos, essas coisas.
Mas eu aprendo. Afinal, tomar mate ao pôr-do-sol ouvindo Mercedes Sosa faz com que em um cantinho de mim me sinta mais próxima de entender o que é ser argentina.
Esqueci!!! Este blog que leis fez dois anos em 4 de julho!
Telefone, carta, email, tudo. Mas ver como ela mexe no cabelo… Não tem preço.