Change the Web: balanço.

O Desafio Change the Web terminou há quase um mês. Os ganhadores foram anunciados dia 28 de abril na Conferência da NTEN, uma rede incentivadora do uso correto e eficiente de tecnologia por entidades sem fins lucrativos. Foram eles:

Primeiro Prêmio ($5k) – Social Actions Interactive Map – por John Brennan
Segundo Prêmio ($3k) – Zemanta’s Related Social Actions for Bloggers por Jure Cuhalev of Zemanta
Terceiro Prêmio ($2k) – SquarePeg’s iPhone Application – por Dieterich Lawson & Isaac Holeman

Eu tinha escrito/traduzido quatro posts sobre a competição norte-americana:

Não competi porque não sou programadora, minha participação no desafio se limitou a escrever/traduzir alguns posts, fazer burburinho no twitter e fazer uma ponte entre os organizadores do concurso e alguns programadores brasileiros.

O retorno por esta participação voluntária veio na forma de novos contatos e interação com velhos amigos.

O organizador do concurso e a coordenadora de voluntários, Joe Solomon e Romina Oliverio, foram super atenciosos. O Spark e a Tatiana revisaram minhas traduções e posts. O Inagaki e a Nat Rosin ajudaram a divulgar a informação. O Diego Remus também esteve conversando sobre aplicações sociais com seus colegas da Amanaiê e é cheio de idéias. O Pedro Markun, como sempre, deu o maior apoio.

E, recompensa das recompensas, o mineiro Edmar Ferreira ficou entre  os finalistas com sua Democracia 2.0.

Foi bacana, também, observar uma ação em funcionamento. Várias coisas foram acertadas, a meu ver:

  • O uso de mídias sociais pra divulgar o concurso (dã!)
  • O uso tanto do usuário @changetheweb quanto o envolvimento pessoal dos que trabalharam no desafio (especialmente Joe e Romi).
  • A atenção deles para com todos que falavam no desafio. Eu fiz pouca coisa e me senti super prestigiada porque a Romi e o Joe ficavam falando sobre a “amazing Heloisa from Brazil”.
  • A estrutura do concurso pareceu boa. O regulamento era bastante claro.
  • O logotipo é bacana e chama a atenção.
  • Os chats e twitterchats envolveram as pessoas.

O que eu acho que funcionou mal no desafio:

  • O uso excessivo de wikis, redes e sites pequenos para divulgar o concurso, mesmo por parte da direção. Ficou muito confuso. Os links ficavam em círculo e a informação não era fácil de achar. Também gerava uma assincronia (“pera lá! essa info é nova ou não?”) Acho que a solução seria ter um site ou blog central que linkasse todo o resto e fosse atualizado com freqüência.
  • O regulamento demorou muito tempo pra sair. O tempo de criar o buzz foi desperdiçado porque as pessoas não sabiam muito bem o que era pra fazer, e quando souberam o prazo já estava apertado.
  • Teve muito mais gás no começo que na fase de desenvolvimento.
  • A galeria de apps é confusa e não dava destaque para as aplicações.
  • Eu falhei em organizar um meetup no Rio pra discutir aplicações, mas isso também teve a ver com o calendário e a espera pelo regulamento.

No Brasil acho que tem um monte de desenvolvedores que se interessariam por desafios assim. O prêmio em dinheiro é um incentivo óbvio, mas também existe uma galera sedenta de oportunidades de aprendizado mesmo, cheia de vontade de colocar a mão na massa e exercitar a criatividade.

Seria legal ter um concurso que desafiasse o pessoal a desenvolver aplicativos sociais para orkut, facebook e blogs, facilitando doações e voluntariado junto a entidades idôneas. Seriam legais muitas coisas, idéias abundam! Se tiver alguma, comente ou mande um email para mim, por mais mirabolante que seja – estamos acostumados…

Lost my shadow in the shade.

“Aprende piano porque quando você for moça e ficar triste vai poder sentar ao piano e fazer música.”

Não, tia, desisti do piano. Agora quando bate uma tarde que é manhã em outros lugares e as minhas antenas de bruxa captam tudo, tudo o que é decepção e desapontamento na vida dos outros e temperam e transformam tudo, tudo o que é vida e mudança e crescimento, o que é desejo e pulsar e o que é tão fora de lugar que fica até engraçado, tudo, tudo isso vira um emaranhado de palavras que saem como saem e eu tropeço nelas, tia, eu tropeço tanto que nem ia chegar ao piano, eu tropeço e eu engasgo sentindo em inglês e xingando em espanhol, eu perco as palavras embaixo do travesseiro e dos lençóis revirados e eu as encontro de novo no terceiro café do dia, e nessa barafunda eu não consigo catar as roupas e botar numa mala, tia, porque me falta tino, e eu tenho que me contentar em mediunizar o alheio. Eu não faço música, eu faço confusão e ouço canções.

As dez simplicidades.

O caminho da simplicidade não é um só. Quando alguém decide que quer uma vida simples, tem que também decidir o que é simplicidade. Aqui vai uma adaptação de “Garden of Simplicity“, por Duane Elgin.

Aviso aos navegantes: quem estiver disposto a participar de um blog colaborativo sobre simplicidade voluntária ou quiser discutir mais sobre o assunto, venha conversar comigo, please!

  1. Simplicidade é Escolha. É escolher o que é essencial deliberadamente e conscientemente. É ter liberdade mas também ter foco, não se distrair com influências externas, com a cultura do consumo. É eliminar o supérfluo para revelar nossos verdadeiros dons.
  2. Simplicidade é Mercado. Como tendência, a simplicidade faz com que haja um mercado crescente para produtos e serviços que conservam recursos e são duradouros. O consumidor ganha a oportunidade de influenciar o mercado com seu poder de compra, mas também corre o risco de ser ludibriado por produtos “esverdeados”.
  3. Simplicidade é Compaixão. Simplicidade é “escolhemos viver simplesmente para que outros possam simplesmente viver”. Simplicidade com compaixão é um caminho de reconciliação com outras classes sociais, outros povos, outras espécies, e gerações futuras.
  4. Simplicidade é Meio Ambiente. Simplicidade é limitar nosso consumo para evitar destruir ou desgastar recursos finitos. Também é desenvolver alternativas criativas e sustentáveis tais como energia solar e teletrabalho.
  5. Simplicidade é Elegância. A estética da simplicidade é cada vez mais usada em design porque provoca contraste com os excessos do estilo de vida consumista. Quem é simples foge do exagero e celebra o que é único, gracioso e elegante.
  6. Simplicidade é Frugalidade. Uma vez que se determina o que é essencial e quais são os valores realmente importantes, gastos supérfluos são eliminados. Assim, pode-se ter mais independência financeira e diminuir o impacto do consumismo sobre o planeta.
  7. Simplicidade é Natureza. Não só a natureza “mato e bichos”, mas também a saúde humana. Neste caso, a simplicidade consiste em buscar o equilíbrio através de contato com a natureza e atenção à própria saúde.
  8. Simplicidade é Política. Simplicidade é organizar nossas vidas coletivas de maneiras que nos permitam viver mais levemente sobre a Terra o que, por sua vez, envolve mudanças em quase todas as áreas da vida pública – de transportes à educação e mídia, ao design de nossas casas, cidades e locais de trabalho.
  9. Simplicidade é Espiritualidade. A simplicidade abre espaço em nossas vidas para saborear conscientemente as nuances da vida, independentemente do caminho espiritual que se resolveu trilhar. Os relacionamentos humanos também se beneficiam da vida mais simples.
  10. Simplicidade é Organização. Simplicidade é ganhar controle de uma vida que é muito ocupada, cheia de bugigangas, e muito fragmentada. É não só organizar mas reconhecer que quanto menos detalhes e distrações, mais fácil é levar uma vida simples. Como disse Thoreau, “A vida é desgastada pelo detalhe… Simplifique, simplifique!”

Diz o dito popular: "morre o homem, fica a fama".

Apesar de ter certeza absoluta de que vou morrer depois dos 95 anos, sempre leio por aí que é importante se preparar para essa hora. Além de fazer um testamento e diretivas de saúde em caso de incapacidade, é preciso também cuidar do destino da vida virtual.

Alguns dos meus amigos e conhecidos já têm falado nisso há tempos. O Inagaki escreveu sobre o que tem acontecido com os perfis e blogs de pessoas falecidas. O Markun jura que em alguns anos vão ser comuns velórios virtuais. Eu, particularmente, não consigo imaginar essa mistura de streaming com cerimônia fúnebre, mas se forem ao meu, por favor contem piadas! E a Simone já fez o inventário dela há muito tempo, e pediu uma página 404 rosa.

Eu só vi “de perto” três instâncias desse dilema. Uma vez googlei, de bobeira, um conhecido que já não via há tempos, e descobri que ele tinha falecido. Dei a notícia para o nosso amigo em comum – para quem ele tinha sido muito importante – e vi que os amigos dele fizeram uma página “memorial virtual”. Achei feio. Deu a impressão que algumas pessoas estavam competindo para ver quem escrevia o depoimento mais emocionante.

Minha prima, que se declara analfabeta digital, perdeu o marido e continuou usando o endereço de email dele. O enteado reclamou, disse que toda vez que recebia uma mensagem dela achava que o pai tinha baixado no centro espírita. Ela finalmente mudou de email uns três anos depois.

E uma amiga nossa perdeu o marido tragicamente – eram recém casados e ele morreu durante o sono. Ela usou o orkut e msn dele para alertar os amigos e prometeu a si mesma e à família dele não mexer em nada do perfil dele. Ela também aceita os testimonials de amigos saudosos e escreveu no próprio blog sobre a dor imensa de vê-lo ir assim de repente.

Por essas e outras eu quis pensar em um jeito de deixar bem claro o que eu quero ou não depois que eu cantar pra subir.

Método:

  1. Achar um amigo ou parente que esteja disposto a fazer o trabalho pesado depois que eu me for. Tem que ser alguém familiar com a web, claro. No meu caso, achei alguém delicada, acima de qualquer suspeita e que não é da minha família: a Stella.
  2. Abrir uma conta de email que não uso com freqüência mas que ela conhece.
  3. Deixar em meios físicos um envelope com a senha do email, e instruções para que ele chegue às mãos da Stella.
  4. Mandar para esse email as senhas encriptadas através do Firefox Password Exporter. (Isso não é muito seguro, avalie os riscos no seu caso.) Repetir o envio periodicamente.
  5. Decidir se mando para esse email as senhas dos meus bancos. Pode ser que seja desnecessário, pois isso se resolve com a burocracia normal offline.
  6. Decidir se mando para esse email as diretivas de saúde – também posso deixar em meio físico.

As instruções:

  • Email: Guardar por um tempo, depois salvar tudo e mandar pro fundo da gaveta num CD.
  • Email do trabalho: Avisar pro povo da empresa que meu gato subiu no telhado! Para quem trabalha em escritório essa é fácil, para quem trabalha à distância ou faz freela, not so much.
  • Fotos: Se possível, fechar comentários apenas. Se não, salvar as fotos (Picasaweb, Fotolog, Flickr) e apagar as contas.
  • Twitter: Deixar quieto.
  • Blogs: Fechar comentários no Maffalda. No Blogger, isso se faz indo no Dashboard->Settings->Comments->Hide.
  • Youtube: fechar.
  • Orkut, Facebook: Nem pensar em deixar aberto! Salvar só os testimonials. Essas duas redes têm mecanismos para remoção de perfil pelos familiares: aqui e aqui.

Acho que as minhas maiores preocupações são não deixar muitas decisões a serem tomadas pelas pessoas queridas, e evitar que os amigos desperdicem nos testimonials e scraps da vida um sentimento que poderia ser melhor usado se direcionado à minha família.

Mas enquanto estou viva, cheia de graça, talvez ainda faça um monte de gente feliz…

Eu sou apenas uma mulher

O que é assunto de mulher, o que é assunto de homem?
O que é assunto de mãe, o que é assunto das outras?
Criança tem que falar com adulto?
Sexo, beleza, moda, culinária, maternidade, saúde, feminismo são futilidades ou coisa séria?
Dá pra pensar a vida grande a partir das coisas pequenas e cotidianas?
Quem-pariu-mateus-que-embale ou precisa-um-povoado-pra-criar-um-filho?
Só pode falar de fralda quem lava as sujinhas de xixi e cocô?
Ah, e podem-se compartilhar as escatologias e dores, ou só se falam de flores?
Existe vocação pra tia?
Aquele lance de ecofeminismo já saiu de moda?
Por que a gente tem tanto medo da energia feminina?
O que é que a gente tem pra esconder dos olhares masculinos? O pior? O melhor?
O espelho de Vênus tá servindo pra reflexão?

Alguém me traz um cosmopolitan que eu preciso pensar.

chocando ideias(Chocando idéias.)

Desafio Change the Web!

Traduzi rapidamente o original em inglês, avisem se encontrarem erros.
Notem que o prazo para envio de apps é curtíssimo! Vou tentar também agitar um encontro aqui no Rio para conversarmos.
Comentários, sugestões, já sabem: @maffalda.

Desafio Change the Web

Social Actions finalmente anunciou o Desafio Change the Web!

Observação: Você pode submeter suas aplicações no site da NetSquared aqui.

O desafio Change the Web da Social Actions quer desenvolver ferramentas inovadoras para que as pessoas encontrem e compartilhem oportunidades de ação em sites, blogs e redes sociais que visitamos diariamente.

O desafio é patrocinado por PayPal, Convio, TakePart, e Challenge Your World.

Social Actions (ganhadora do N2Y3) criou uma base de dados aberta com mais de 60.000 ações de mais de 40 sites – incluindo GlobalGiving, Change.org, DonorsChoose.org, Kiva.org, Nabuur, TakingITGlobal, Idealist.org, e VolunteerMatch. Agora eles querem ver essas ações por aí – em sites, blogs e redes sociais que milhões de pessoas visitam todos os dias. Da próxima vez que você estiver inspirado para fazer a diferença, as oportunidades de agir estarão a um clique de distância.

Para entender melhor o que queremos dizer, veja algumas das aplicações web que já usam a API da Social Actions:

Os organizadores do desafio querem que você invente uma nova ferramenta para que as pessoas encontrem e compartilhem ações. Qualquer dispositivo ligado à web pode ser um lugar para conectar a ações: seu iPhone, sites de notícias e blogs, Facebook e outras redes sociais, ou mesmo seu próprio website! O que você vai criar?

Já mencionamos os US$10.000 em prêmios?

Saiba mais:

Como funciona:

Social Actions está facilitando este desafio para encorajar inovação da distribuição de oportunidades para fazer a diferença através da internet e dispositivos móveis. Através de voto público na NetSquared Community, 20 finalistas serão escolhidos. Um painel de juízes selecionados pela Social Actions selecionará os três vencedores entre os 20 finalistas. O anúncio será na NTEN’s Nonprofit Technology Conference, dia 28 de abril de 2009. Os ganhadores receberão prêmios em dinheiro de $5.000 (primeiro lugar), $3.000 (segundo lugar), e $2,000 (terceiro lugar).

Indivíduos e organizações estão convidados a compartilhar seus projetos com a comunidade através do formulário de submissão da NetSquared. Para concorrer aos prêmios, todas as submissões devem: 1) ser completamente funcionais quando do começo das votações, 2) incluir uma licençaopen-source, e 3) usar a Social Actions API.

Como submeter aplicações:

Quatro passos simples:

  • Registre-se e/ou Login no NetSquared.org
  • Clique em Username
  • Clique em “Submit a Project to the Project Gallery” sob My Project Idea
  • Selecione “ChangetheWeb” no menu Prize Tag que fica sob o menu Additional Cause Area Tags no formulário de submissão.

Regras e orientações:

Certifique-se de ler cuidadosamente as Rules and Guidelines.

Datas:

  • Seg, 23 de fevereiro de 2009 – Início do período de submissões. (16:00, horário de Brasília)
  • Sex, 3 de abril de 2009 – Término do período de submissões (20:00, horário de Brasília)
  • Seg, 6 de abril de 2009 – Início do voto popular. (16:00, horário de Brasília)
  • Sex, 10 de abril de 2009 – Término do voto popular. (20:00, horário de Brasília)
  • Seg, 13 de abril de 2009 – Anúncio dos Vinte Finalistas. (16:00, horário de Brasília)
  • Ter, 28 de abril de 2009 – Anúncio dos vencedores na NTEN’s Nonprofit Technology Conference.

Galeria de Projetos:

Para ver os participantes, confira Project Gallery.

Frequently Asked Questions:

Leia as Frequently Asked Questions.

Critérios de julgamento:
Leia os Judging Criteria.

Junte-se:

Quer ajudar? Contacte:

Joe Solomon
Director of Social Actions’ Change the Web Challenge
Email: joe at socialactions dot com
Tel: (415) 683 6185

Quer ajudar ou perguntar sobre o desafio aqui em Terra Brasilis? Contacte:

Maffalda
Enxerida Profissional
Email: maffalda at gmail dot com
Twitter: @maffalda

Desafio Change the Web – lançamento oficial 23 de fevereiro

O lançamento do desafio Change the Web foi adiado por uma semana – a NetSquared prometeu começar o desafio segunda-feira, 23 de fevereiro. Você poderá apresentar projetos, oferecer feedback e promover mudança social na rede!

Nesta semana, o pessoal da Social Actions vai se movimentar para envolver todo mundo no desafio:

  • Criando um hub de idéias onde você pode submeter e votar sugestões para ajudar as pessoas a achar e compartilhar ações na web.
  • Publicando uma agenda de eventos e encontros e uma ‘Change the Web Conversation Series’ para discutir como usar plataformas específicas – Facebook, Twitter e iPhone – para o bem.
  • Espalhando notícias e novidades no My.SocialActions, no Grupo Change the Web no Facebook, e no Twitter.
  • Coordenando ações com bloggers, mídia, e patrocinadores.
  • Trabalhando com o Brattleboro Collective & Social Actions Developers para melhorar a API Social Actions e informações para desenvolvedores.

Eles também vão colocar o logo novo e o press release no SocialActions.com/changetheweb.

Estou pensando em fazer um encontro Change the Web aqui no Rio depois do carnaval. Se você tem interesse em participar ou quer promover um na sua cidade, por favor contacte-me via twitter (@maffalda) ou email (heloisa no gmailpontocom).

Para contactar o diretor do desafio diretamente, o email é Joe@SocialActions.com.

Links:

Siga o Change the Web no Twitter.
Inscreva-se no Facebook Group Change the Web.
Assine o RSS feed do Change the Web.
Junte-se ao Grupo de desenvolvedores Social Actions.

O site oficial do desafio (en).
Mais informações para desenvolvedores (en).
Perguntas e respostas (en).
Press release (en).
Perguntas e respostas (pt)
Prévia das regras (pt)
Press release (pt).

One, two, one two three four.

Algumas coisas:

  1. SEMPRE fico de mau humor no domingo, principalmente à noite (e é quando estou escrevendo isto).
  2. Não tenho televisão, por opção. Descobri que não consigo mais assistir tevê sem fazer outra coisa e não consigo prestar atenção. Gosto de filmes e poucas séries, que assisto no computador. Não sinto falta da tv no dia-a-dia.
  3. Vivo na internet. Acho que sou viciada.
  4. Dispenso carro, casa grande, ar condicionado, sacolinhas de plástico, compras freqüentes, produtos de marca e a maioria dos gadgets. Meu conceito de luxo é diferente, e no papel sou classe D.
  5. Vejo os meus amigos “da internet” com freqüência.
  6. Sou mais de chopp que de boate.
  7. Sou mais de passeio que de praia.
  8. Sou mais de visita do que de saída, mas visita no Rio não é tão comum.
  9. Gosto de livros como objetos, gosto de ler, mas não li tudo o que queria dizer que li.
  10. Gosto mais de adolescente que de criança.
  11. Não quero ter filhos.
  12. Não sei dizer não direito. Quero aprender.
  13. Gosto de barulho de chuva e flores comuns.
  14. Gosto de beber, mas não gosto de ficar bêbada.
  15. Não trabalho numa área diretamente ligada à minha formação e tento achar isso bom, apesar de ser difícil de explicar. E não acho que o meu trabalho atual é pra sempre, vou ser uma dessas pessoas que têm muita história pra contar no fim da carreira.
  16. Não aprendi direito a dirigir, andar de bicicleta ou nadar.
  17. Com fome fico a pessoa mais enjoada do mundo.
  18. Quando criança passava muito mal viajando de carro. Acho que é por isso que só passei mal de beber uma vez na vida, odeio a sensação.
  19. Detesto que chutem minha cadeira.
  20. Sou alérgica a camarão, poeira e picadas de insetos, além de 10 outras coisas. Se uma formiga me morder eu entro em choque anafilático (já aconteceu).
  21. Minha família é imensa, e as histórias povoam as conversas como se o tempo não existisse.
  22. Acho ótimo quando pensam que sou mais nova.
  23. Sou filha de primos, nascida de uma mãe que sofreu radioterapia quatro anos antes de me conceber e achava que era estéril. Minha prima me chama de bomba de cobalto.
  24. Meu sotaque é indefinível, mas todo mundo pensa que sou mineira.
  25. Acho que listas não me definem.

Mais setenta coisas.
Luxo. Luxo. Lixo.
Atores.
Canções. Canções.
Sobre listas.

Change the Web = Mude a Rede!

Estou divulgando o desafio Change the Web voluntariamente, depois de ter participado de uma teleconferência com a Romina Oliverio (@_romi). (Ultimamente todos os meus posts começam com “eu estava no twitter e…”.) Já comecei a tarefa com os dois posts aí abaixo, traduzidos do material de imprensa e discussões deles. Agora explico sobre as regras (que ainda não saíram oficialmente) e por que os desenvolvedores brasileiros têm que participar do desafio.
Funcionando nos EUA e Canadá, a Social Actions é uma organização sem fins lucrativos cujo objetivo é facilitar a ação cidadã na rede. Eles fazem isso agregando as informações de mais de 40 outros sites que contêm oportunidades de voluntariado, doações, petições, etc. São mais de 60 mil maneiras de fazer a diferença. Agora, com o concurso Change the Web, eles querem incentivar a criação de web-apps baseadas na API deles.

Provavelmente os usuários finais das web-apps criadas serão dos EUA e Canadá, pois essas 60 mil oportunidades cadastradas são voltadas para o público de lá. Aqui no Brasil, quem está interessado em fazer trabalho voluntário ou fazer doações deve consultar os sites Voluntários, o Portal do Voluntário, Filantropia e Rio Voluntário, entre outros. Que eu saiba, não há uma busca unificada, nem é tão fácil doar online via paypal ou cartão de crédito, e é trabalhoso checar a idoneidade de organizações. Quem sabe no futuro teremos um site único para oportunidades desse tipo.

Mesmo que o Change the Web não seja voltado para usuários brasileiros, os desenvolvedores brasileiros podem e devem participar do concurso de aplicações web. Existe uma chance real de ter um ganhador brasileiro, na minha opinião. E mesmo que você não ganhe o concurso, ganhará experiência (“programar é grátis”, já disse o sábio Marco Gomes) e terá oportunidade de trocar idéias com outros desenvolvedores. Além, é claro, de deixarem a tia Maffalda super orgulhosa. Fiz tanta propaganda para eles sobre vocês que se ninguém se inscrever vai ser um vexame.

O regulamento sai dia 16 de fevereiro, segunda-feira, mas o Joe Solomon (@engagejoe), diretor do desafio, já me adiantou algumas informações por alto:

Três vencedores serão escolhidos, e o anúncio será dia 28 de abril na NTC Conference.

As apps serão julgadas nos quesitos Inovação, Usabilidade e Potencial.

Inovação:
– A aplicação é uma nova solução para ajudar as pessoas a encontrar, compartilhar e/ou agir?
– O uso da Social Actions API é inovador?

Usabilidade e Experiência do Usuário:
– A aplicação é fácil de usar?
– O usuário é encorajado a usá-la muitas vezes (é “sticky”)?
– Qual a relevância da aplicação? Ela apresenta ações de alto valor para o usuário?

Potencial de mudança:
– Quantos usuários ela alcança? Se é feita para uma plataforma específica (Facebook, Twitter, Drupal) ou site (NYtimes.com, etc), quão popular é a plataforma ou site?
– A aplicação tem uma estratégia de marketing viral ou viável?
– A aplicação permite crescimento, é “escalável”? Pode ser adaptada a outras plataformas?

O desafio está aberto a indivíduos, grupos, organizações comerciais ou não, organizações governamentais ou não, dentro ou fora dos EUA. Os indivíduos participantes devem ter mais de 18 anos e os grupos devem ter um representante também acima de 18 anos de idade para ser contactado pela organização. Essa pessoa deve aparecer primeiro no formulário de inscrição.

Vinte projetos serão pré-selecionados.

Todas as submissões devem ser aplicações web completamente funcionais para concorrerem. Apps que estejam embedded ou linkadas devem ter funcionalidade antes da votação pública em abril de 2009.

Todas as aplicações submetidas ao Desafio Change the Web têm que se utilizar, total ou parcialmente, da Social Actions API, uma base de dados de mais de 60 mil ações de mais de 40 fontes diferentes.

Todas as submissões devem usar uma licença open source para serem consideradas para o prêmio. Toda a propriedade, inclusive intelectual, permanecerá sob domínio do ganhador.

Quem quiser ir se preparando para o desafio pode entrar na comunidade http://groups.google.com/group/social-actions-dev/. Lá você encontra outros desenvolvedores e informações sobre a API.

Daqui em diante, estarei empenhada em encher a paciência da galera brasileira para participar e fazer a ponte entre os desenvolvedores interessados e os coordenadores do desafio, se precisar, além de ajudar a navegar as informações um pouco dispersas sobre o concurso. Publicarei o link para o regulamento mas não o traduzirei na íntegra. Boa sorte a todos!

Competição online tenta mudar o mundo mudando a web.

O desafio Change the Web, da Social Actions, vai criar ferramentas para que cidadãos sejam ativistas onde quer que estejam na rede.

Desenvolvedores web que entrarem no desafio Change the Web ajudarão a melhorar o mundo e terão uma chance de ganhar US$10 mil em prêmios.

Social Actions, uma iniciativa sem fins lucrativos, está lançando o desafio em 15 de fevereiro de 2009 para facilitar a criação de ferramentas inovadoras para ajudar na divulgação e busca de oportunidades de ação em sites, blogs e redes sociais que as pessoas já visitam diariamente.

Os competidores construirão aplicativos web que se apóiam na base de dados aberta da Social Actions, contendo mais de 20 mil ações concretas que podem ser realizadas em váreas áreas – de mudanças climáticas e educação ao genocídio em Darfur.

“Conectando pessoas a ações de alto impacto sobre as quais elas não saberiam de outra forma, esperamos criar explosões de mudanças por todo o mundo”, diz Peter Deitz, fundador da Social Actions.

A Social Actions já agrega oportunidades para fazer a diferença de 30 plataformas online, incluindo Volunteer Match, Kiva.org, DonorsChoose.org, GlobalGiving, Idealist.org, Nabuur, Care2, ThePoint e Change.org. Os criadores do concurso esperam que as ferramentas criadas pelo desafio Change the Web farão com que os usuários da web encontrem e participem mais facilmente de campanhas de captação de recursos, microempréstimos, petições, oportunidades de voluntariado e outros projetos de mudança social criados por organizações sem fins lucrativos e indivíduos.

“Imagine que você está lendo uma história sobre moradores de rua no nytimes.com e aparece um popup com a oportunidade de ser voluntário no abrigo mais próximo – isto é um exemplo do que queremos inspirar com o Change the Web. Fazer com que as ações estejam a um clique de distância pode ser crucial para fazer as pessoas realmente agirem.”, diz Joe Solomon, diretor do desafio Change the Web.

O desafio Change the Web procura engajar desenvolvedores web, blogueiros e benfeitores online de todos os tipos para transformar a web. Mamie Webb, membro da comunidade Social Actions e co-CEO da TechSoup Global, já modificou uma extensão do Firefox para permitir que qualquer pessoa consulte a base de dados de oportunidades da Social Actions apenas marcando uma frase em qualquer página. Depois que todas as submissões forem recebidas, os membros da comunidade e um painel de juízes decidirão quem são os ganhadores.

Lucy Bemholz, do blog Philanthropy 2173, escreve que iniciativas como o Change the Web são essenciais em tempos de pouco dinheiro. “Colocar ações onde quer que as pessoas estejam. Deixar que elas estejam a um clique de distância de trabalhar, doar, assinar petições ou qualquer outro tipo de ação social de onde quer que estejam online, do celular, ou de qualquer lugar. Fazer da web uma web filantrópica. Toda essa facilidade pode ajudar as pessoas a doarem.”

O desafio Change the Web se apóia no sucesso das competições online de inovação social tais como The American Express Card Members Competition, The Case Foundation’s Giving Challenges, Ashoka’s Open Sourcing Solutions, The Knight News Challenge, Advanta’s Ideablob Competition e o NetSquared Mashup Challenge.

“Muito mais do que um desafio quebra-cabeças para os muitos magos digitais e ativistas que rondam a rede… é também a possibilidade de criar (e sustentar) uma grande onda de ação humanitária, que finalmente moldará como a web é usada por sua audiência, maximizando o impacto de campanhas de mudança social”, diz a blogueira Romina Oliveiro no We-Magazine.net.

O desafio será lançado em 16 de fevereiro de 2009. Mais informações podem ser achadas em www.ChangetheWeb2009.com.